Procuradoria francesa pede que ex-presidente Sarkozy seja declarado culpado de financiamento ilegal de campanha

A procuradoria financeira francesa considerou, nesta quarta-feira (26), que o ex-presidente Nicolas Sarkozy deve ser declarado “culpado” de financiamento ilegal de campanha por ter supostamente recebido dinheiro da Líbia.

O ex-presidente conservador (2007-2012) está sendo julgado por, supostamente, ter financiado sua campanha eleitoral de 2007, que o levou ao poder, com dinheiro do falecido ditador líbio Muammar Gaddafi, o que ele nega.

No segundo dia de audiência no caso do suposto financiamento líbio, a procuradoria estimou que, de fato, houve circulação de dinheiro em espécie na campanha de Sarkozy em 2007.

O procurador Quentin Dandoy reconheceu que “não há proporção entre as somas pagas no pacto de corrupção”, cerca de 6 milhões de euros (37 milhões de reais, na cotação atual), segundo a acusação, “e o dinheiro em espécie encontrado na campanha”, algumas dezenas de milhares de euros.

“Não estabelecemos a existência de um sistema de faturas falsas, nem apresentamos provas de que os prestadores de serviços receberam pagamentos em dinheiro”, admitiu. “Mas há um rastro desse dinheiro em espécie. Mínimo, mas há rastro.”

A procuradoria financeira havia pedido, pela manhã, que Sarkozy fosse declarado culpado de corrupção passiva, encobrimento de desvio de fundos públicos e associação para delinquir.

Por sua vez, os ex-ministros Claude Guéant, Eric Woerth e Brice Hortefeux devem ser declarados culpados de cumplicidade neste crime, apontou Dandoy.

As penas solicitadas serão anunciadas na quinta-feira.

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