Eleições 2024: Assim como Nunes, Marçal nega que houve tentativa de golpe no 8 de janeiro

O Jornalismo da Novabrasil, em parceria com o SBT News, entrevistou nesta terça-feira (16) o pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal.

Como ele atrasou cerca de 15 minutos, o tempo de sabatina foi de cerca de 45 minutos. Neste tempo, o influenciador digital e empresário respondeu às perguntas do mediador Heródoto Barbeiro e dos jornalistas Michelle Trombelli e Roberto Nonato, da Novabrasil; e Marcelo Casagrande, do SBT News. Marçal disse que se inspira na China para desenvolver um novo projeto para a cidade de São Paulo. O pré-candidato também disse que vai investir em “Inteligência Artificial” para monitorar pessoas em situação de rua.

Logo depois da transmissão ao vivo, Marçal ainda respondeu a questionamentos sobre a declaração do prefeito Ricardo Nunes de que não considera a invasão à sede dos 3 poderes uma tentativa de golpe. “Procura na história quem deu um golpe de estado sem arma. Só para o povo pensar. Nada que o Nunes falou eu concordo, mas quero que o povo diga como se faz um golpe de estado sem uma arma na mão e sem as Forças Armadas. Golpe de estado com bíblia? Com celular?”, respondeu Marçal, que disse que as pessoas foram iludidas, mas não quis responder por quem.

Foto: Reprodução.

Em relação às articulações políticas para ser prefeito, Marçal disse que tem seis pessoas em mente para ser vice na chapa dele, sendo duas mulheres. E que descarta o pré-candidato do União Brasil, Kim Kataguiri para o posto: “Kim é um dos melhores parlamentares do Brasil reconhecidamente, agora não toparia porque já tenho outras seis pessoas em mente e não é minha vontade que ele venha não”.

Confira alguns dos principais pontos abordados por Pablo Marçal durante a entrevista:

Cracolândia

Questionado sobre a situação da Cracolândia, no centro da capital, o pré-candidato afirmou que, caso eleito, trará para São Paulo o Projeto SP-50, inspirado na China: Em 1990, a China tinha um PIB meno do que o do Brasil. Ela cresceu 8 vezes em relação ao Brasil e está prestes a ultrapassar os Estados Unidos”.

No gigante asiático, o governo acelerou o desenvolvimento com investimentos em educação, saúde e melhora na qualidade de vida da população. Os avanços foram combinados com a inovação nas áreas urbanas e migração do campo para as cidades.

Pablo Marçal disse que irá começar o governo pelas questões básicas. “Iremos ocupar as crianças nas comunidades, elas estão desocupadas. As pessoas perguntam para mim: Como você vai resolver a cracolândia? A de 2030, 2040 e 2050 eu sei, é ocupando as crianças, porque senão irão virar bandidas”.

O pré-candidato foi questionado sobre como encara os dependentes químicos da cracolândia. Marçal respondeu: “Não é dependende químico só não. É abandonado pela sociedade. Enquanto cada um conta a sua história, perdemos a revolta em ver pessoas jogadas na rua, estou revoltado com isso. Temos 63 mil pessoas na rua e ninguém está querendo fazer nada?”, apontou.

Segurança Pública

Quando o assunto é violência urbana e a sensação de segurança, a principal queixa da população paulistana, o pré-candidato reforça o pensamento de que uma cidade com 12 milhões de pessoas precisa de tecnologia. Com isso, Marçal acredita que o uso da inteligência artificial para monitorar as ruas “vai inibir o crime de forma absurda”. “Nós vamos lançar um plano chamado Anticrime, aqui em São Paulo, com a ajuda do Governo do Estado, que é o detentor da Polícia Militar, e com o aumento de efetivo da Guarda Municipal em pelo menos o triplo do existente”, afirma.

Em relação à IA, Pablo Marçal destaca que a ideia não é vigiar, mas proteger os habitantes, “por exemplo, a IA filtra um padrão de comportamento da pessoa que pretende cometer o crime, aprende esse comportamento e registra como pré-crime, a partir de uma análise preditiva. Com isso, é possível acionar a força policial para abordar a pessoa e ela ter ciência de que está sendo monitorada”, explica. Marçal relata que na Califórnia, nos Estados Unidos, motoristas que excedem a velocidade, por exemplo, são identificados e drones sobrevoam o veículo, “imagina a gente colocar isso aqui em alguns prédios da cidade, em alguns pontos, para mostrar que funciona”, projeta o pré-candidato.

Melhorias para o transporte público

Centros de Empreendedorismo são soluções para desafogar a demanda do transporte público coletivo na Capital paulista para o pré-candidato. Ele acredita que dessa forma, conseguirá descentralizar e incentivar o trabalho home-office. “Sendo empreendedor, eu sei que o home office cai um pouco a produtividade. Só que a gente pode incentivar para contratar mais gente. A gente vai ter menos fluxo de gente transitando na cidade todo dia”, disse Marçal.

Questionado sobre outras possibilidades para melhoria do transporte público, Pablo ainda citou aumento da frota de ônibus na cidade. Depois, novamente retornou a falar sobre o trabalho home office, sem dar mais detalhes sobre demais assuntos envolvendo a área.

“Não sou candidato a motorista de ônibus”

O pré-candidato Pablo Marçal foi também questionado sobre o uso da expressão “pé na canela”, que utilizou em uma entrevista. Segundo ele, a definição foi para expressar alguns jornalistas que, em sua visão, são intempestivos e intransigentes. “A gente pode muito bem ser propositivo, vamos falar de São Paulo… Mas eu quero falar da sua vida… Então, vai levar na canela”, se referindo a categoria jornalística, que para ele “moraliza” questões políticas.

Após o debate, o jornalista Heródoto Barbeiro provocou uma reflexão sobre o conhecimento que o pré-candidato tem sobre a cidade. “Vamos supor que se você saísse daqui agora de transporte público para ir no Capão Redondo, como é que você faria?”. O pré-candidato respondeu que perguntaria a uma pessoa na rua como chegar, dando a entender que não sabia como chegar no destino mencionado. “Eu vou pegar pro Jabaquara, onde tenho apartamento, e dali vou pegar conexão para chegar”, respondeu Marçal, que completou que não é “candidato a motorista de ônibus”.

Melhor e pior prefeito de São Paulo segundo Pablo Marçal

A Novabrasil quer saber de todos os pré-candidatos como eles avaliam as gestões municipais que passaram pelo comando da capital. Ao ser questionado sobre qual foi o melhor prefeito que a cidade já teve, Pablo Marçal disse, inicialmente, não conseguir identificar qual foi o melhor. No entanto, reformulou a resposta e elegeu alguém do passado, Ademar de Barros, que comandou São Paulo entre os anos de 1957 e 1961. Marçal nasceu em 1987, em Goiânia. A escolha se justifica no investimento em infraestrutura que Ademar promoveu. “Agora, sem dúvidas o pior foi o Haddad, que continua demonstrando sua total falta de capacidade de fazer gestão”, responde Pablo Marçal.

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