Com poucas opções de defensivos agrícolas para beterraba, Cravil inicia projeto de extensão em Imbuia

A Cravil (Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí) tem investido em projetos de extensão agrícola, visando o aprimoramento do cultivo de diversas culturas. Entre os destaques está o projeto iniciado em 2024 no município de Imbuia, voltado para o cultivo de beterraba. O objetivo é oferecer aos produtores soluções para os desafios de manejo, especialmente relacionados a defensivos agrícolas, variedades adaptadas e controle de doenças.

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Projeto de beterraba busca melhorias no manejo e controle de pragas

De acordo com João Vitor Medeiros Abromovicz, técnico agrícola da Cravil em Imbuia, uma das maiores dificuldades no cultivo de beterraba é a escassez de herbicidas registrados para uso na cultura. Entretanto, para superar essa barreira, a cooperativa desenvolve protocolos específicos de adubação e herbicidas.

A gente traz com um protocolo de adubação e herbicidas, porque, na cultura da beterraba, temos grande dificuldade com defensivos. Hoje, um dos principais desafios é o controle de plantas daninhas, como o nabo

explicou João.

Os produtores cedem áreas para experimentos, recebendo orientação e supervisão da equipe técnica. Dessa forma, a Cravil busca avaliar diferentes variedades de beterraba, como Boro (Bejo), Comaneci (Sakata) e Merlot (Isla), considerando as características do solo e a adaptação regional.

Doenças de solo desafiam o cultivo na região

Além disso, outro desafio enfrentado pelos produtores são doenças originadas no solo, como o “anel branco”, que afetam a produtividade e a qualidade comercial da beterraba. João detalhou como essas enfermidades estão sendo analisadas nos projetos de extensão.

Temos doenças como mofo branco e deformidades como o anel branco, que trazem prejuízo na comercialização. Essas questões estão relacionadas ao excesso de adubação nitrogenada no final do ciclo da cultura. Por isso, testamos adubações para entender quais ocasionam mais ou menos impacto

afirmou o técnico agrícola.

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Cravil avança em projetos com cenoura

Além da beterraba, a Cravil também investe em projetos voltados para o cultivo de cenoura, uma cultura mais exigente em termos de manejo e solo. Conforme João, a produção de cenoura na região enfrenta desafios devido à necessidade de solos arenosos, canteiros elevados e maior demanda por nutrientes.

Hoje, a cenoura exige bastante fósforo e potássio, além de solos adequados. É preciso cuidado com a aplicação de adubos nitrogenados, que podem causar rachaduras no produto, diminuindo seu valor comercial”

comentou João.

As variedades mais utilizadas na região são a Nativa (Sakata) e a Carmela (Isla).

Interessados podem participar dos projetos

Produtores interessados em conhecer ou participar dos projetos de extensão da Cravil podem buscar informações nas lojas da cooperativa na região. As iniciativas têm como objetivo fortalecer a produção agrícola do Alto Vale, contribuindo para a adaptação das culturas e melhores resultados para os agricultores locais.

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