Inês de Castro: “Convivência entre jovens idosos é um treino que precisa ser exercitado”

Dia 26 de julho é dia dos avós aqui no Brasil. Avós que têm um papel preponderante na formação das crianças. Das crianças, porque quando elas crescem um pouco, é muito comum que os avós percam a função na vida dos netos.

Já que não exercem mais a tarefa de cuidadores, muitas vezes é como se não tivessem qualquer serventia. Desfeita a conexão, acentua-se gravemente o sentimento de solidão nos mais velhos.

Recentemente, o Escritório de Envelhecimento do Estado de Nova York distribuiu mais de 30 mil animais de estimação robóticos – cães, gatos, pássaros – para que eles substituíssem a interação humana e proporcionassem companhia aos idosos.

Mas a iniciativa se mostrou menos frutífera do que desejavam os pesquisadores. Exceto para os pacientes com algum tipo de demência, para quem esses “brinquedinhos” ofereceram estímulo visual, auditivo e sensorial, para os outros idosos, os robozinhos não tiveram função alguma. Pelo simples fato de que ainda não inventaram substituto para as conexões humanas.

Se ter autonomia – que é a capacidade de tomar decisões por conta própria – é importante para uma pessoa velha, sentir-se parte de um grupo (ter conexão com outras pessoas) é fundamental para que ela se sinta viva.

E sobre contexto, voltemos ao dia dos avós.

Legal que as escolas comemorem com uma festinha em homenagem a eles. Legal também que o dia seja celebrado em família. Mas não muda nada se for um dia só.

Na convivência intergeracional – aproximação das pontas da vida (infância e velhice) – todos saem ganhando: os mais jovens e os mais velhos.

Desde, claro, que estejamos abertos e dispostos a aprender com esse convívio.

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