Com quase 33 anos, a AeC continua entre as líderes de serviços do setor de relacionamento ao cliente e outsourcing de processos de negócios no Brasil.
A trajetória da empresa, fundada em Minas Gerais, é símbolo de resiliência e inovação em um mercado que se transforma tão rapidamente. Mas o que muitos não sabem é a origem do nome, que traz as iniciais dos dois fundadores: Antônio Guilherme Noronha e Cassio Azevedo.
Em 5 de junho de 2021, o Customer Experience brasileiro perdeu Cassio, vítima de um câncer, aos 60 anos. Mas o que o País não perdeu, claro, foram as contribuições desse grande líder. O executivo foi homenageado na festa de 30 anos da Consumidor Moderno. Noronha esteve no palco representando o sócio e, principalmente, amigo, que ele chama pelo apelido Caco.
“Receber essa homenagem pelo Caco representante muito para mim, especialmente porque a história da AeC se confunde com a própria história da Consumidor Moderno. E a grande verdade é que foram vocês, junto com Roberto Meier [fundador da Consumidor Moderno e CEO do Grupo Padrão] que, com tantos eventos promovidos, nos colocaram no mapa do CX nacional”, diz Antônio, emocionado.

Amizade de uma vida
A ligação entre Antônio e Cassio transcendia os negócios – tem raízes fincadas em uma amizade que começou muito antes da AeC existir.
“O Caco era meu amigo desde os 14 anos”, conta. A profundidade desse laço é selada por momentos marcantes: “Eu sou padrinho de casamento do Caco, o Caco é meu padrinho de casamento.”
Essa amizade, que atravessou a juventude e a formação em engenharia mecânica, foi a semente para a fundação da AeC em 1992 e o Call Center da empresa, em 1997. “A minha história também se confunde com a dele desde menino até a gente se formar, nos casarmos e fundarmos a empresa”, compartilha.
Mas como uma personalidade central na consolidação do mercado de atendimento no Brasil, o amigo reforça que o legado de Cassio vai muito além da empresa.
“Ele representou muito para o setor, sendo respeitado até pela concorrência. Por isso, mais tarde, foi para a Associação Brasileira das Empresas de Telesserviço (ABP), onde teve uma atuação memorável. Se destacou pelo profundo interesse em querer entender as regulações, os desafios trabalhistas e o Código de Defesa do Consumidor em benefício de uma indústria que, na época, ainda era absolutamente nova”, avalia.
Unidos na superação dos desafios
Entre tantas metas traçadas ao longo da jornada da AeC, Cassio tinha um sonho especial: ver a companhia atingir a marca de R$1 bilhão em faturamento.
Mesmo com desafios, esse objetivo Caco conseguiu conquistar. Mas o que ele não sabia é que hoje, a empresa já caminharia para a casa dos R$ 2 bilhões, em um crescimento exponencial que Antônio avalia ser fruto do trabalho de toda uma equipe. “É sobre todo o time, é sobre a nossa equipe”, afirma.
O fundador também destaca, ainda, a liderança do atual CEO, Raphael Duailibi, que teve papel fundamental na expansão da companhia. “Profissionais como o Raphael cresceram junto com a gente. Trago como destaque porque ele também nos ajudou a multiplicar a AeC com clientes de vários segmentos da indústria”, reforça.
A evolução contínua da AeC demonstra que os valores e ensinamentos de Cassio seguem vivos dentro da organização.
“Mais do que um número, o faturamento bilionário reflete uma cultura empresarial pautada pelo compromisso, pela inovação e, acima de tudo, pelo respeito às pessoas que fazem parte dessa história”, complementa.
O futuro da AeC: tecnologia com calor humano
Para manter o protagonismo no mercado, a AeC aposta na combinação entre tecnologia e atendimento humanizado. “Nosso forte é trabalhar a tecnologia com calor humano”, enfatiza. Ele destaca que a experiência do cliente é o que realmente importa, seja por meio de um atendimento automatizado ou com um profissional especializado.
“Quando entregamos boas experiências, consequentemente levamos maior respeito a todo nosso setor.”
Embora a automação e a Inteligência Artificial venham melhorando muito o CX, no todo, Antônio não acredita que os robôs substituirão completamente o atendimento humano.
“Isso não vai acontecer nunca. As pessoas gostam de conversar com pessoas, de ter relacionamento. A tecnologia deve ser usada para aprimorar a qualidade do serviço e capacitar melhor os profissionais, não para substituir a interação humana”, acredita.
Muito além da inovação e do calor humano proporcionado pelas interações entregues pela companhia, perguntamos para Antônio se a essência mineira – famosa pelo acolhimento – é um diferencial que acompanha a AeC desde a fundação, e a resposta foi direta:
“Não tenha dúvida que sim!”, conclui.


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