Em boletim enviado semanalmente aos filiados, o Instituto Teotônio Vilela, presidido pelo deputado Aécio Neves (MG) e intimamente ligado ao comando do PSDB, chamou o presidente Lula (PT) de “machista, misógino e desrespeitoso com as mulheres”.
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O artigo se baseou em um episódio recente em que o petista disse ter escolhido uma “mulher bonita” para melhorar a relação do governo com o Congresso, em referência à nomeação de Gleisi Hoffmann (PT) para a Secretaria de Relações Institucionais. A ministra defendeu Lula e afirmou que “gestos dizem mais do que palavras”.
Para as acusações, os tucanos lembraram que, neste mesmo mandato, o presidente afirmou que “amantes são mais amadas do que esposas” e recomendou a uma beneficiária de programas sociais que “parasse de ter filhos”.
Segundo o PSDB, apenas 22% do orçamento direcionado ao Ministério das Mulheres foi empenhado desde o início da gestão, em janeiro de 2023. “Lula já demonstrou com todas as letras o desprezo que sente pelas brasileiras”, concluiu o boletim.
O tom das críticas reforça a linha de oposição dos tucanos à gestão do PT, com quem rivalizaram historicamente em eleições presidenciais até a ascensão de Jair Bolsonaro (PL) ao poder.
Na última semana, a única governadora mulher do partido, Raquel Lyra, de Pernambuco, deixou a sigla rumo ao PSD motivada, entre outras razões, pela posição do antigo partido em relação ao governo federal.
Em entrevista à IstoÉ, Marconi Perillo, presidente nacional do partido, defendeu que o PSDB apresente uma alternativa de oposição a Lula em 2026, apesar do enfraquecimento enfrentado nos últimos anos — o que pode obrigar os tucanos a se fundirem para evitar os riscos de extinção. Veja abaixo a íntegra: