Greve motiva reunião entre Celesc e sindicatos nesta terça-feira

A Celesc está com reunião agendada para terça-feira, 13, com os sindicatos para tratar sobre a metodologia de distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com grupos sindicais. Nesta segunda-feira, 12, a Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina (Intercel) anunciou uma greve por tempo indeterminado, em protesto contra a gestão da Celesc.

Conforme o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Rio do Sul e Região (Sintevi), que compõem a Intercel, João de Liz, no Alto Vale, 85% dos trabalhadores estão paralisados, no estado a greve atinge 90%. A decisão é uma resposta à postura da Diretoria da empresa nas negociações de direitos trabalhistas e na condução da administração, que, segundo a Intercel, precariza as condições de trabalho.

De acordo com o gerente regional da Celesc de Rio do Sul, Valdeci José Brito houve uma adesão à greve de 100% dos atendentes comerciais, dessa forma todas as lojas estão fechadas. Na área operacional, 50% dos trabalhadores aderiram à greve. Conforme Brito, os atendimentos de emergência estão sendo realizados. O percentual de funcionários da área técnica e administrativa que estão em greve também é de 50%.

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A Intercel alega que a diretoria da Celesc tem adotado uma lógica de gestão privada. Assim, resultando em precarização das condições de trabalho e aumento da terceirização, afetando negativamente o serviço prestado à população catarinense. Além disso, a implementação de um sistema comercial problemático tem gerado transtornos e colocado os trabalhadores em situações inseguras, tanto física quanto mentalmente, prejudicando o atendimento ao público.

Desvalorização dos trabalhadores

A Intercel critica a falta de valorização por parte da Diretoria da Celesc. A Diretoria não apresentou uma contraproposta ao Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados 2024, proposto pela Intercel em dezembro de 2023.

Em nota, a Celesc informou que apresentou aos sindicatos uma proposta inicial para a metodologia de distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A companhia afirma que, em 02/08, enviou um convite a todos os sindicatos para discutir a nova metodologia em uma reunião marcada para 06/08.

No entanto, em 03/08, a Intercel, sindicato que representa uma parte dos empregados, incluindo atendentes comerciais e eletricistas, anunciou uma greve por tempo indeterminado, sem dialogar previamente com a empresa. Durante o encontro inicial em 06/08, a Intercel deixou a reunião sem discutir a pauta de forma conjunta.

No dia seguinte, ocorreram reuniões separadas com os dois grupos sindicais. A Intercel manifestou que não aceitaria modificações na forma de distribuição da PLR, enquanto o grupo formado pela Intersindical demonstrou interesse em continuar as discussões e não entrou em greve.

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Agora, a Celesc propôs uma nova reunião para terça-feira, 13. Na proposta, a empresa assegura uma parcela mínima de R$ 4 mil para cada empregado, independentemente da sua categoria, incluindo atendentes comerciais e eletricistas, com pagamento previsto para outubro.

A Celesc destacou a importância do diálogo para resolver a greve, que impactou principalmente o atendimento ao consumidor. Além disso, reafirmou seu compromisso com o pagamento da PLR 2024, mantendo valores semelhantes aos de 2023, com potencial de atingir até R$ 56 milhões. Por fim, expressou o desejo de superar a situação para continuar atendendo os catarinenses com qualidade.

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