Polícia confirma BO de violência doméstica negado por Nunes

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A Secretaria da Segurança de São Paulo confirmou que Regina Carnovale Nunes, esposa do prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), fez uma denúncia contra ele na Delegacia da Mulher em fevereiro de 2011. Em uma sabatina da Folha e UOL, o político havia afirmado que o boletim de ocorrência de violência doméstica havia sido “forjado”. O caso veio à tona ainda em 2020, quando Nunes estava na disputa pela prefeitura de SP como vice de Bruno Covas. O atual prefeito argumenta que o arquivo, que o acusa de violência doméstica, ameaça e injúria, não tem a assinatura de Regina e, portanto, não é legítimo.

O que diz a SSP?

A SSP rebateu a versão de Nunes através de uma nota. “A Polícia Civil destaca que os boletins de ocorrência registrados, seja via internet ou em delegacias físicas, são submetidos a diversos procedimentos que garantam sua legitimidade. O caso em questão foi registrado pela 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, em fevereiro de 2011. Na ocasião, a vítima compareceu na unidade especializada para comunicar os fatos e a ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Embu Guaçu, responsável pela área dos fatos”, diz o documento. Ainda de acordo com a pasta, a denúncia não progrediu para um inquérito policial porque precisava de representação contra o autor. O processo poderia ser feito através da própria vítima ou do seu advogado, e inclui a autorização de um inquérito policial e ação penal. Hoje, Nunes e Regina seguem casados. Eles têm uma filha, e a mulher nega a denúncia de agressão. Segundo a Folha de S. Paulo, o boletim de ocorrência conta com o relato de Regina. Na época, ela afirmava ter deixado Nunes por conta do seu “ciúmes excessivo”. “Inconformado com a separação, [Nunes] não lhe dá paz, vem efetuando ligações proferindo ameaças, envia mensagens ameaçadoras todos os dias e vai em sua casa onde faz escândalos e a ofende com palavrões. Afirma a vítima que diante da conduta de Ricardo está com medo dele”, diz um dos trechos do BO. Ainda em 2020, Regina escreve uma nota afirmando que o documento continha “coisas que não são reais”. Eventualmente, após críticas de adversários de Covas, passou a afirmar que não se lembrava de ter registrado o boletim de ocorrência.

O que diz Nunes?

Em 2011, Ricardo Nunes também chegou a registrar um boletim de ocorrência. Na denúncia por lesão corporal, ele alegou que Regina o agrediu durante uma conversa sobre pensão. Este registro foi feito menos de um mês após a mulher ter ido à delegacia. Na sabatina realizada pela Folha e UOL nesta segunda-feira (15), Nunes negou a veracidade do boletim. “É uma irresponsabilidade trazer uma coisa dessa. A Regina já falou que ela não fez. Ela contratou um advogado, eu até separei o material para te entregar. O advogado entrou com a petição dizendo que queria, então, esse boletim de ocorrência assinado. Veio a resposta da delegacia que não existe esse boletim de ocorrência [assinado]”.

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