Até o final deste ano, a Suíça terá sua primeira cápsula de suicídio assistido pronta para ser utilizada. Chamada de Sarco, teve a data aproximada anunciada nesta quarta-feira (17) pela empresa The Last Resort, responsável pelo procedimento.
O suicídio assistido é legalizado no país sob condições específicas. Entretanto, o lançamento de uma cápsula para encerrar com a própria vida tem sido motivo de controvérsia para o governo.
O nome Sarco vem da palavra sarcófago. A cápsula tem um botão que libera nitrogênio no seu interior. O gás não é venenoso, mas a falta de oxigênio provocaria a falência das funções corporais.
O diretor da empresa, Florian Willet, afirmou em coletiva de imprensa que a cápsula oferecerá “um espaço seguro para morrer pacificamente“. Ele acrescentou que espera utilizá-la no final da sua vida. “Não consigo imaginar uma maneira mais bonita de respirar ar sem oxigênio até cair em um sono eterno“.
A empresa ainda não definiu a data, a hora e o local do primeiro uso do Sarco. Conforme a The Last Resort, não será revelada a identidade do paciente. Porém, a advogada Fiona Stewart, que faz parte do conselho consultivo da companhia, respondeu que o procedimento deve começar ainda neste ano, mas sem confirmações oficiais.
De acordo com Stewart, o único custo para o usuário seria de 18 francos suíços (equivalente a R$ 112), por conta do nitrogênio. Ainda assim, o uso potencial da cápsula gera várias questões legais e éticas na Suíça, reacendendo o debate sobre a morte assistida.
Na Suíça, uma pessoa que deseja morrer voluntariamente deve passar por uma avaliação psiquiátrica, primeiramente. Em seguida, com a aprovação do pedido, entraria na cápsula, fecharia a tampa e, somente após responder a uma série de perguntas, apertaria o botão que libera o nitrogênio.
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