Coluna: celulares seguem no topo das preferencias dos ladrões

Dados do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira (18), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram números alarmantes no que diz respeito à subtração de celulares no país: a cada minuto, o número de aparelhos furtados ou roubados aproxima-se de dois, na média.

Na verdade, não há novidade nesta questão: já faz tempo que este número é alto, pois os celulares já há alguns anos passaram a ter valor não só como mercadoria, mas também como moeda de troca, principalmente nas negociações envolvendo o comércio de drogas. Ainda assim, os números não deixam de ser alarmantes, uma vez que, enquanto você lê esse texto, dependendo do seu ritmo de leitura, quatro, seis, oito ou até dez poderão estar sendo subtraídos por ladrões.

A novidade nos dados do FBSP diz respeito ao tipo de crime predominante nessas subtrações. Foram mais furtos (sem ameaça ou violência) do que roubos (mediante ameaça ou violência), em 2023. Foram 494.295 contra 442.999 casos registrados, respectivamente. Nos casos de furto, normalmente ocorre uma certa hesitação da vítima, por deixar o aparelho em local que facilite a ação dos criminosos, ou por utilizar o celular em locais de risco.

Isso não diminui em nada o erro cometido pelos ladrões, mas vale como alerta. Por isso, é preciso ter cuidado com os locais onde o aparelho é deixado, a forma como ele é carregado ou transportado e com os locais onde ele é utilizado. Se for possível, evite usá-lo em ruas propícias a ações de ladrões, principalmente à noite, e os transporte sempre de forma segura. Pode parecer obvio, mas não é. Se fosse, não teríamos cerca de um milhão de aparelhos levados por ano.

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