Conheça a alta tecnologia que multiplica os tomates na Holanda

Conheça a alta tecnologia que multiplica os tomates na Holanda

Localizado na pitoresca cidade de Westland, na Holanda, o Centro Tecnológico do Tomate da Nunhems, uma marca da Basf, é um exemplo notável de inovação agrícola. Este centro abriga mais de 600 variedades de tomates em desenvolvimento, com o objetivo de criar híbridos que sejam mais produtivos, saborosos e resistentes a doenças. A infraestrutura de alta tecnologia utilizada nas estufas permite um controle preciso do clima, essencial para o cultivo eficiente do tomate.

O uso de estufas ultramodernas, que custam cerca de 3 milhões de euros por hectare, destaca-se como uma solução potencial para regiões com climas desafiadores, como o Brasil. As estufas ultraclimáticas, por exemplo, são capazes de ajustar a temperatura interna, resfriando ou aquecendo conforme necessário, o que é particularmente útil em países com temperaturas elevadas.

Como a tecnologia está transformando o cultivo de tomates?

No coração do Centro Tecnológico do Tomate, a tecnologia desempenha um papel crucial. Robôs autônomos percorrem os corredores das estufas, transportando tomates recém-colhidos, enquanto a inteligência artificial auxilia no monitoramento e ajuste das condições ambientais. Este ambiente de alta tecnologia não só aumenta a produtividade, mas também melhora a qualidade dos frutos produzidos.

Os agricultores brasileiros, como Leonardo Mallman, estão atentos a essas inovações. Mallman, que cultiva tomates em Mogi Guaçu, São Paulo, vê potencial em adotar gradualmente essas tecnologias em suas operações. As visitas técnicas a centros como o da Nunhems são fundamentais para que produtores de países em desenvolvimento possam aprender e implementar novas práticas agrícolas.

Quais são os desafios e oportunidades para o Brasil?

Embora o Brasil ainda não possua uma estrutura semelhante à do Centro Tecnológico do Tomate, o país é considerado estratégico para a Nunhems. A empresa vê potencial em adaptar híbridos desenvolvidos na Holanda para o mercado brasileiro, especialmente em culturas como tomate, cebola, melão e melancia. O desafio está em criar um ambiente controlado que permita a produção eficiente, algo que a tecnologia de estufas pode oferecer.

Estufa de tomate - Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy
Estufa de tomate – Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy

Além disso, o mercado brasileiro de sementes de tomate movimenta mais de 400 milhões de reais anualmente, o que representa uma oportunidade significativa para empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento. A Nunhems, por exemplo, vende cerca de 200 bilhões de sementes por ano, transformando-se em 137 mil toneladas de vegetais diariamente.

O futuro do cultivo de tomates: inovação e sustentabilidade

O futuro do cultivo de tomates parece promissor, com a inovação tecnológica liderando o caminho. A capacidade de criar híbridos que se adaptam a diferentes climas e resistem a doenças é crucial para garantir a segurança alimentar global. A colaboração entre países e a troca de conhecimento são essenciais para que essas tecnologias avancem e se tornem acessíveis a agricultores em todo o mundo.

À medida que a demanda por alimentos cresce, a agricultura de precisão e o uso de estufas de alta tecnologia se tornam cada vez mais importantes. O exemplo do Centro Tecnológico do Tomate na Holanda serve como um modelo de como a inovação pode transformar a agricultura, tornando-a mais eficiente e sustentável.

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