
Um dos destaques do penúltimo dia do Show Safra Mato Grosso foi o painel técnico sobre manejo de pragas e nematoides na cultura da soja, que reuniu profissionais do setor para debater soluções e compartilhar experiências com o público presente. O momento foi marcado por apresentações dinâmicas e objetivas, mas com grande profundidade técnica, atendendo às necessidades de produtores, agrônomos e demais profissionais ligados ao agronegócio.
Paulinho Eduardo Ribeiro Ferreira, agrônomo de desenvolvimento de mercado, reforçou a importância de eventos como esse para levar ao campo informações realmente aplicáveis. “A gente como empresa sempre tem que trazer informações que sejam relevantes para o produtor e que façam sentido. Se não fizer sentido para ele, não vai ser utilizado. Esse painel teve exatamente esse objetivo: falar do cenário da safra, da segunda safra e principalmente abordar esse desafio que é o controle dos nematoides, que hoje são uma das maiores dores do produtor”, explicou.
Segundo ele, apesar da dificuldade no manejo desse inimigo invisível, há alternativas viáveis sendo discutidas e aplicadas. A mesa redonda contou com nomes reconhecidos do setor, como o pesquisador Fábio Pittelkow, da Fundação Rio Verde, o agrônomo Elvis Constantino, da IPR, representando uma realidade mais ao norte do estado, e Emerson Moraes, profissional com ampla atuação no Mato Grosso, que trouxe sua vivência em diferentes realidades produtivas. “Cada um trouxe sua visão e isso enriquece a discussão”, afirmou Paulinho.
Ao comentar sobre o desempenho das lavouras no atual ciclo, ele destacou que a tecnologia adotada e o nível de manejo aplicado fazem toda a diferença. “As lavouras são muito variáveis de acordo com o que cada produtor usa. Quem segue as recomendações técnicas e aplica bons produtos no momento certo colhe bons resultados, mesmo com os desafios da safra.”
Já Fábio Pittelkow, diretor de pesquisas da Fundação Rio Verde, ressaltou o papel da instituição na geração e disseminação de conhecimento. “Desde o início, nosso objetivo é produzir e compartilhar informação com o setor produtivo. E esse tipo de mesa redonda é muito rico porque traz diferentes pontos de vista, gera debate técnico e permite aprofundar temas como o manejo de pragas, doenças e nematoides. É uma forma de abrir a caixa de ferramentas e mostrar o que realmente está funcionando no campo.”
Ele enfatizou ainda que as informações são valiosas não apenas para o produtor, mas também para agrônomos, técnicos e gerentes de fazendas, que precisam estar em constante atualização. “A dinâmica das pragas e doenças muda o tempo todo. Se não nos atualizarmos, deixamos de ser eficientes no campo. A reciclagem precisa ser diária, seja em eventos como esse ou em conversas com colegas. A Fundação Rio Verde está sempre de portas abertas para receber demandas, discutir soluções e apoiar o agro com pesquisa aplicada, laboratórios e projetos a campo.”
A mensagem final dos palestrantes foi clara: produtividade, eficiência e rentabilidade andam juntas e só são possíveis com informação técnica de qualidade, tomada de decisão assertiva e adoção das práticas corretas no momento certo.