CM Entrevista: “A grande inovação é a integração do online com o offline”

Poucas empresas conseguiram redefinir a experiência de consumo no Brasil com tanta velocidade e impacto quanto o iFood. Sob a liderança de Diego Barreto, a plataforma é hoje um dos sistemas de delivery mais eficientes do mundo, ajudando a transformar a vida de milhares de pequenos negócios e empreendedores individuais.

Com um modelo de entrega quase em tempo real, o iFood otimiza a jornada do consumidor e gera oportunidades para restaurantes, mercados e entregadores. O impacto dessa transformação no consumo de alimentos se reflete nos números: a empresa realiza milhões de pedidos diários, oferecendo conveniência e acessibilidade a um público cada vez mais exigente.

Desde sua chegada ao Grupo Movile, em 2016, e a atuação no iFood a partir de 2018, Diego Barreto tem sido um dos principais responsáveis pela estratégia de crescimento acelerado da marca, reforçando a cultura de inovação e a aposta em tecnologia de ponta. Com investimentos em Inteligência Artificial, automação e pessoas, o iFood se consolidou como uma verdadeira “love brand” no Brasil.

Formado em Direito pela PUC-SP e com MBA pelo IMD Business School, Diego também é autor de dois bestsellers: “Nova Economia” e “O Cientista e o Executivo”. Como CEO do iFood, ele tem liderado o desenvolvimento da empresa, com foco em inovação, crescimento sustentável e impacto positivo, principalmente por meio da educação, para transformar o Brasil.

Na celebração dos 30 anos da Consumidor Moderno, Diego foi homenageado como um dos profissionais que mais vem impactando as relações de consumo e a experiência do cliente no Brasil. Em uma entrevista exclusiva, Diego compartilha sua visão sobre o futuro do iFood e sua liderança. Confira!

Cultura como pilar fundamental do iFood

CM: Como líder de uma das empresas mais inovadoras, o que você acredita ser essencial para inspirar e engajar times em um mercado cada vez mais desafiador?

Diego Barreto: Essencial é cultura. Empresa que não tem cultura, que não solidifica cultura, que não contrata considerando a probabilidade de adequação cultural, é a empresa que não vai conseguir atingir todo o seu potencial e realizar seu grande sonho. Esse, para mim, é o essencial

CM: O iFood se tornou uma das empresas mais admiradas do Brasil, uma verdadeira “love brand”. Na sua visão, qual foi o principal fator que fez o iFood conquistar o coração dos brasileiros? 

O fator principal é que dentro da nossa cultura temos um valor específico que é sonhar grande. Nós nunca olhamos para o que a gente queria atingir como algo que estivesse logo ali, ou como algo que era o melhor do Brasil. Para nós, o conceito sempre foi ser o melhor do mundo em cada coisa que a gente se dispusesse a ser. E a marca foi um desses elementos.

CM: O iFood está expandindo sua atuação. Qual inovação você acredita que será o próximo grande diferencial da empresa?

A grande inovação daqui para frente é a integração do online com o offline. Nossa capacidade de levar toda a inteligência que construímos a partir do relacionamento online para o offline, permitindo a geração de vendas para o comerciante brasileiro e proporcionando comodidade e conveniência ao consumidor, é o que define o futuro.

CM: Pequenos empreendedores e restaurantes independentes cresceram junto com o iFood. Como a empresa continuará apoiando esse ecossistema nos próximos anos?

O ecossistema, para nós, parte do pressuposto de que tudo precisa estar em equilíbrio. E a única forma de alcançar esse equilíbrio é garantindo três pilares: primeiro, o comerciante precisa vender mais; segundo, o entregador deve ter a oportunidade de gerar mais renda; e terceiro, o consumidor precisa encontrar conveniência na plataforma. Quando esses elementos se harmonizam, o sistema se fortalece e cresce. Foi isso que conseguimos estruturar e consolidar nos últimos anos, e é nisso que continuaremos focados no futuro.

Desafios e legado

CM: Quais foram os maiores desafios como CEO e como você superou? Que legado você espera deixar?

Tenho 200 desafios, 200 mil histórias para contar. Mas acho que o maior deles é a questão cultural. Somos uma empresa em rápido crescimento, que constantemente adiciona novas pessoas ao time. No Brasil, é difícil encontrar empresas que compartilhem do nosso DNA cultural. Por isso, contratar é um grande desafio – encontrar pessoas que realmente se identifiquem com a nossa cultura é uma tarefa complexa.

Esse é o nosso desafio diário. Há seis anos, tínhamos 800 pessoas; hoje, somos 8 mil. É um crescimento acelerado, e isso traz complexidade. Mas acredito que nosso maior legado seja essa cultura de ambição, inovação e quebra de paradigmas. Parte desse processo envolve construir um ecossistema equilibrado, onde todas as partes envolvidas saiam vencedoras.

CM: O que significa para você o reconhecimento da Consumidor Moderno?

Para mim é, acho que é uma forma de olhar para essa jornada e reconhecer o nosso empreendedorismo. O nosso negócio, ele tem uma estrutura que dificulta muito você ser ótimo no atendimento do cliente. Não controla a operação do restaurante, não controla a operação do entregador.

Mas ainda, assim, conseguimos entregar na média em 30 minutos, sem controlar duas pontas e ser reconhecido pelo consumidor. Esse reconhecimento é um reflexo do nosso espírito empreendedor.

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