ROMA, 25 MAR (ANSA) – Com um novo uniforme e sua identidade visual modificada, a seleção da Síria disputará nesta terça-feira (25) pela primeira vez uma partida de futebol desde a queda do regime de Bashar al-Assad.
O encontro diante do Paquistão será válido pela primeira rodada das eliminatórias da Copa da Ásia, que por questões de segurança, como acontece desde 2011, a Síria não pode atuar em casa. Por esse motivo, o jogo está marcado para acontecer em Al Hofuf, na Arábia Saudita.
A Síria deixará de vestir o uniforme vermelho utilizado durante a era Assad para dar lugar ao verde, que simboliza o novo rumo da nação e, acima de tudo, o islamismo.
Os torcedores sírios, caso houver, agitarão a nova bandeira do país, na qual o verde também substituiu o vermelho. Além disso, as duas estrelas pretas que representavam a Síria e o Egito, os dois Estados que compõem a República Árabe Unida, foram substituídas por três vermelhas que simbolizam Aleppo, Damasco e Deir ez-Zor.
O escudo da seleção síria, que é treinada pelo espanhol José Lana, também foi modificado. Os detalhes da tradicional águia passaram do vermelho para o verde, além da adição das três estrelas presentes na nova bandeira.
Enquanto o Campeonato Sírio segue paralisado desde dezembro, a seleção tentará se redimir de já ter sido eliminada das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. O elenco custa cerca de 11 milhões de euros e apenas quatro atuam fora do país: Elias Hadaya (Sandefjord-NOR), Ahmad Faqa (AIK-SUE), Mustafa Abdullatif (Hannover 96 II-ALE) e Simon Amin (Radnicki Nis-SER).
A Síria participou das duas últimas edições da Copa da Ásia, mas não passou das oitavas de final em 2023, que foi o melhor resultado da nação. A próxima ocorrerá em 2027, na Arábia Saudita. (ANSA).