
A OpenAI e o Google, responsáveis por tecnologias como o ChatGPT e o Gemini, estão pressionando o governo dos Estados Unidos por uma autorização especial que lhes permita utilizar materiais protegidos por direitos autorais no treinamento de suas inteligências artificiais. As gigantes da tecnologia defendem que o acesso a esse tipo de conteúdo é crucial para o avanço da IA generativa e para manter os EUA na vanguarda global da inovação.
Uso justo em debate
Em resposta ao “Plano de Ação de IA” elaborado durante a administração Trump, a OpenAI apresentou um documento reforçando a importância de dispositivos legais como o uso justo e as exceções para mineração de dados e textos. Segundo a empresa, essas ferramentas legais são indispensáveis para que os modelos possam aprender a partir de dados públicos, mesmo quando esses dados forem protegidos por copyright, sem causar prejuízos significativos aos detentores dos direitos.
O Google também expressou apoio à ideia, alertando que normas de copyright muito restritivas podem frear o desenvolvimento científico e barrar inovações no setor tecnológico.
Controvérsias judiciais em curso
Tanto a OpenAI quanto o Google estão no centro de processos judiciais relacionados ao uso de conteúdo protegido por copyright em seus treinamentos de IA. A OpenAI, por exemplo, enfrenta ações movidas por escritores e empresas de mídia que alegam que suas obras foram utilizadas sem autorização. Já o Google, apesar de também ter sido alvo de acusações semelhantes, obteve vitórias judiciais fundamentadas no argumento de uso justo.
O debate sobre o uso de conteúdo com copyright para alimentar IAs levanta questões éticas e legais que devem moldar o futuro da tecnologia. Para empresas como OpenAI e Google, o desafio será equilibrar inovação com o respeito à propriedade intelectual.