Para Gleisi Hoffmann, inflação segue controlada e não ameaça meta

A ministra Gleisi Hoffmann avaliou que a inflação no Brasil segue dentro de um nível aceitável, mesmo estando acima do centro da meta.

A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, avaliou que a inflação no Brasil segue dentro de um nível aceitável, mesmo estando acima do centro da meta. Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (21), ela afirmou que o patamar atual não justifica uma revisão dos objetivos estabelecidos pelo governo.

A inflação está realmente fora da meta?

Para Gleisi, o índice de preços ao consumidor não exige mudanças na política monetária. “Acho que a gente tem meta de inflação bem justa, de 3% com as bandas. Não acho que seja o caso de fazer essa discussão de mudança e também não acho que a inflação, mesmo estando acima da banda da meta, esteja absurdamente estourada”, declarou.

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação no País, acumula alta de 4,96% nos últimos 12 meses. O resultado está acima da meta de 3,00% ao ano, cujo intervalo de tolerância vai até 4,50%.

Segundo a ministra, os principais fatores inflacionários estão ligados a variáveis sazonais e externas, como o comportamento do clima e oscilações cambiais. “Acho que as medidas estão sendo tomadas e não acredito que seja só a política de juros que vai resolver isso, porque necessariamente não é inflação só de demanda. A gente tem, por exemplo, a alta sazonal do preço dos alimentos e de outros itens por fatores que a gente não controla. [Como] o clima, as mudanças climáticas, as crises climáticas”, disse.

Banco Central sob avaliação

Na quarta-feira (19), o Banco Central elevou a Selic, a taxa básica de juros, em 1 ponto percentual, chegando a 14,25% ao ano. A medida visa conter a inflação ao restringir o crédito e desestimular o consumo.

Para Gleisi, o mercado já previa essa alta e sua posição sobre o novo patamar da Selic “sempre foi crítica”. A ministra defende que a autoridade monetária leve em conta o cenário atual, que considera favorável à adoção de uma política de juros mais alinhada ao momento econômico.

O Brasil está indo bem na economia, está crescendo mais de 3%. O Brasil está gerando emprego, com renda melhor, com as contas em ordem. Ou seja, a gente tem condição de ter uma situação melhor na política monetária”, concluiu.

 

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