
Mato Grosso enfrenta um cenário preocupante com o avanço da chikungunya, que já resultou em 32 mortes neste ano, com outros 13 óbitos sob investigação. Os dados, divulgados pelo Painel de Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), revelam uma alta taxa de letalidade da doença, superando inclusive a dengue, que registrou 18 mortes.
O estado contabiliza 19.831 casos confirmados de chikungunya, com uma incidência de 330,00 casos por 100 mil habitantes. A dengue, por sua vez, soma 11.394 notificações e uma taxa de 269,89/100 mil. A zika, também transmitida pelo Aedes aegypti, teve 402 confirmações, sem óbitos até o momento.
Diante do agravamento da situação, o secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso solicitou o apoio da Força Nacional do SUS para intensificar as ações de combate às arboviroses, com foco em Cuiabá e Várzea Grande. A SES-MT também instalou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública por Arboviroses e Vírus Respiratórios (COE-ArboVR) para coordenar as medidas de enfrentamento.
Em Cuiabá, a situação é especialmente crítica, com 27 mortes por chikungunya e duas por dengue. O Ministério da Saúde enviou uma comitiva à cidade para orientar e aprimorar o atendimento aos pacientes. A prefeitura de Cuiabá implementou um plano de contenção das arboviroses, com medidas como a expansão dos atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a intensificação das fiscalizações para combater o mosquito transmissor.
As autoridades de saúde reforçam a importância da participação da população no combate ao mosquito Aedes aegypti, eliminando os criadouros em suas residências. A conscientização e a prevenção são fundamentais para conter a proliferação das arboviroses e proteger a saúde da população.