Dormir em quartos separados faz bem à saúde mental e pode aquecer o casamento

Alguns casais levam uma vida a dois quase que normalmente. Saem para jantar, pegam um cineminha ou se acomodam no sofá da sala para escolher algo no streaming, almoçam ou jantam a dois na mesa da cozinha. Vez ou outra almoçam e jantam juntos. Mas, o dia acaba e cada um se dirige para o seu quarto, a fim de desfrutar de uma noite de sono perfeita e restauradora. Sim, essa prática existe e é mais comum do que parece. A ela se dá o nome de “Divórcio do Sono”.

Esse assunto foi debatido nesta manhã no Jornal Novabrasil, e o Heródoto Barbeiro convidou o Dr. Arthur Guerra, presidente do instituto HC Perdizes, para nos explicar o que leva as pessoas a adotarem o chamado “Divórcio do Sono”.

O especialista explica que os fatores são muitos, alguns casais podem ter “horários diferentes, um pode acordar mais cedo e o outro mais tarde, um ronca e o outro não ronca, um tem sono picotado e o outro dorme a toda toda, um gosta de ler televisão, o outro de ler… então, eles vivem bem, e cada vez melhor, dormindo em quartos separados”, explica.

O Dr. Arthur Guerra também lembra que, embora para a sociedade num geral, a prática pode até aparentar um casal em conflito, mas que na verdade a relação é bem melhor quando cada um tem o seu espaço.

Esse estilo de viver a dois, mas separados, também possui uma variação, afirma o especialista, que é quando além de quartos diferentes, cada um habita uma casa, fazendo com que a individualidade seja elevada à potência máxima dentro de uma relação conjugal.

De acordo com o médico, que convive com casais que aderiram ao “Divórcio do Sono”, o hábito ajuda a reforçar o casamento, pois “um é fiel ao outro, um gosta do outro, mas têm os seus hábitos, as suas particularidades e convivem bem”, finaliza.

Saúde mental e o sono

O Dr. Arthur Guerra é colunista da Forbes Brasil, onde também abordou o tema. Em sua coluna, o especialista fala sobre o quanto uma noite mal dormida pode acometer a saúde mental das pessoas. “A qualidade do sono é um quesito importante. Noites mal dormidas, por exemplo, podem ter um grande impacto no humor, na ansiedade e até no padrão alimentar. Já há evidências de que déficit de sono cria um desequilíbrio hormonal que nos faz querer comer mais”, explica.

De acordo com Arthur Guerra, “a deterioração da saúde mental pode impactar negativamente o relacionamento. Um estudo de 2017 apontou que casais que relatavam pior qualidade de sono também contavam apresentar mais conflitos conjugais. A escolha por quartos separados pode ser, então, positiva para muita gente. Mas é importante que o par discuta francamente essa alternativa antes de que um deles simplesmente deixe o quarto”, orienta o médico.

Em sua coluna, o Dr. Arthur Guerra ainda deixa um dado impressionante, que, nos Estados Unidos, a Academia Americana de Medicina do Sono, em 2023, constatou que 1/3 dos casais já dormiam separados regular ou ocasionalmente.

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