Os partidos políticos brasileiros estão cada vez mais mudando de nome. A tendência tem um objetivo claro: renovar a imagem e atrair mais eleitores.
O cientista político Elias Tavares falou sobre o assunto no Jornal Novabrasil, apresentado por Heródoto Barbeiro. Segundo ele, a retirada da palavra “partido” busca modernizar as siglas e reduzir a associação com estruturas engessadas.
“O rótulo é diferente, mas o produto é o mesmo”, afirmou Tavares, destacando que, apesar da mudança de nome, a forma de fazer política segue a mesma.
Resgate democrático
No passado, a palavra “partido” tinha valor simbólico, especialmente na redemocratização. “O MDB era um dos grandes representantes da oposição ao regime militar”, relembrou.
Hoje, a percepção mudou. A maioria das siglas que passam por rebranding busca se desvincular da imagem de grupos dominados por interesses internos. A estratégia de modernização pode ser vista em diversos casos.
O antigo PFL, por exemplo, virou Democratas (DEM), antes de se fundir com o PSL para criar o União Brasil. Outro exemplo é o PTN, que se tornou Podemos, e o PRB, que adotou Republicanos.
A tendência também está presente nos novos partidos em processo de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Siglas como Missão, ligada ao Movimento Brasil Livre (MBL), seguem essa mesma linha”, explicou Tavares.
O movimento é nacional
Nos Estados Unidos, França e Alemanha, o uso do termo “partido” continua comum. No Brasil, a retirada do “P” se tornou uma estratégia para reformular a imagem. “Sem dúvida, é mais uma jabuticaba política”, brincou Tavares.
Apesar das mudanças, o cientista político alerta que isso não significa necessariamente uma renovação no modo de governar, afinal “a forma de fazer política continua a mesma”.
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