Vaticano diz que IA tem ‘sombra do mal’ da desinformação e pede supervisão rigorosa


Novo texto sobre ética da IA, escrito por dois departamentos do Vaticano, foi aprovado pelo Papa Francisco e divulgado nesta terça-feira (28). Francisco, líder da Igreja Católica, tem concentrado atenção sobre as questões éticas envolvendo a IA nos últimos anos
Guglielmo Mangiapane/Reuters
O Vaticano pediu nesta terça-feira (28) que os governos acompanhem de perto o desenvolvimento da inteligência artificial (IA), alertando que a tecnologia contém “a sombra do mal” devido à sua capacidade de espalhar desinformação, informou a agência de notícias Reuters.
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“A mídia falsa gerada pela IA pode gradualmente minar as bases da sociedade”, disse um novo texto sobre ética da IA, escrito por dois departamentos do Vaticano e aprovado pelo Papa Francisco.
“Essa questão exige regulamentação cuidadosa, pois a desinformação — especialmente por meio de mídias controladas ou influenciadas pela IA — pode se espalhar de forma não intencional, alimentando a polarização política e o descontentamento social”, afirmou o documento.
Francisco, líder da Igreja Católica, tem concentrado atenção sobre as questões éticas envolvendo a IA nos últimos anos.
Na semana passada, o papa enviou uma mensagem sobre IA ao Fórum Econômico Mundial (FEM) em Davos, alertando os líderes políticos, econômicos e empresariais presentes de que a tecnologia levantava “preocupações críticas” sobre o futuro da humanidade.
O papa também falou sobre a tecnologia na cúpula do G7, na Itália, em junho passado, e disse que as pessoas não deveriam deixar que algoritmos decidissem seu destino.
O novo documento do Vaticano, intitulado “Antica et nova” (Antiga e nova), considerou os impactos da IA em vários setores, incluindo o mercado de trabalho, a saúde e a educação.
“Assim como em todas as áreas onde os humanos são chamados a tomar decisões, a sombra do mal também paira aqui”, afirmou. “A avaliação moral dessa tecnologia precisará levar em conta como ela é direcionada e utilizada.”
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