Os 3 pilares da transformação da IA, segundo o Fórum Econômico Mundial

A Inteligência Artificial (IA) continua a se desenvolver em largos passos e promete revolucionar indústrias e transformar a sociedade. No entanto, como aponta a série de relatórios “Indústrias na Era Inteligente“, da AI Governance Alliance do Fórum Econômico Mundial, essa evolução traz desafios significativos que exigem uma abordagem colaborativa e estratégica para garantir uma transformação equilibrada e responsável.

A incorporação de tecnologias como IA generativa (GenAI) e IA agêntica apresenta um potencial extraordinário para redefinir processos industriais, melhorar a tomada de decisões e oferecer experiências altamente personalizadas. Apesar dessas possibilidades, a adesão em larga escala ainda é limitada: apenas 5% das empresas norte-americanas integram IA em seus produtos, de acordo com os dados apresentados pelo Fórum.

Essa hesitação pode ser atribuída a uma série de barreiras, como questões culturais, desafios operacionais e preocupações sobre o impacto no mercado de trabalho. Além disso, problemas estruturais, como escassez de dados de qualidade, custos elevados de treinamento de modelos e o alto consumo energético das tecnologias, tornam a adoção mais complexa.

Ao mesmo tempo, existe um otimismo em relação ao futuro. O Fórum Econômico Mundial projeta que a adoção de sistemas autônomos, chamados de agentes inteligentes, será acelerada em 2025. Esses sistemas prometem executar tarefas complexas de maneira independente, marcando um novo capítulo na evolução tecnológica.

Pilares da transformação

Para desbloquear todo potencial da IA, as organizações precisam se concentrar em três pilares fundamentais, aponta a entidade. O primeiro deles é a construção de ecossistemas colaborativos. A colaboração entre empresas, governos, sociedade civil e instituições acadêmicas é vital para superar os desafios associados à IA. Essas parcerias permitem o compartilhamento de conhecimento e a promoção de inovações éticas, além de facilitar a resolução conjunta de problemas, um elemento essencial para mitigar os riscos inerentes à tecnologia.

É importante ainda estabelecer confiança e autogovernança. O Fórum recomenda que as empresas adotem estruturas de autogovernança que priorizem transparência, responsabilidade e equidade. Isso inclui enfrentar questões éticas como o viés algorítmico e a proteção da privacidade dos usuários, consolidando a confiança entre as partes interessadas.

Ainda de acordo com o Fórum, é necessário o investimento em talento e segurança cibernética. Conforme a IA remodela as indústrias, elas devem investir na qualificação de seus profissionais, de modo que eles estejam preparados para lidar com as novas demandas. Além disso, torna-se necessário reforçar medidas de segurança cibernética para proteger sistemas e dados contra ameaças emergentes, criando uma base sustentável para o crescimento tecnológico.

IA além da eficiência

Embora a automação e o aumento da produtividade sejam benefícios reconhecidos, o Fórum Econômico Mundial enfatiza que o impacto da IA vai muito além disso. A tecnologia tem o potencial de catalisar inovações revolucionárias em áreas como saúde e conectividade global.

Na saúde, por exemplo, a IA já tem transformado o setor ao acelerar a detecção de doenças, desenvolver tratamentos personalizados e descobrir medicamentos com maior eficiência. Modelos avançados são capazes de analisar grandes volumes de dados para identificar padrões que escapam ao olhar humano, possibilitando avanços médicos sem precedentes.

Ao mesmo tempo, para que a IA alcance todo o seu potencial transformador, é necessário um compromisso global com práticas éticas e sustentáveis. O próximo passo para que seja alcançada uma amplitude de benefícios requer uma abordagem estratégica e equilibrada da Inteligência Artificial. Assim, é possível ainda mitigar riscos.

O Fórum reforça que o futuro da IA não deve ser apenas uma questão de eficiência, mas sim uma oportunidade de moldar um mundo mais inclusivo e transformador. Isso exige liderança visionária e um compromisso firme com a governança responsável, garantindo que a tecnologia beneficie não apenas indústrias, mas também a sociedade como um todo.

*Foto: Alexander Limbach / Shutterstock.com

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