Lágrimas e gritos de alegria em Tel Aviv após libertação de quatro reféns

Uma multidão reunida em uma praça de Tel Aviv gritou quando telas gigantes mostraram o momento da libertação de quatro mulheres israelenses, após mais de 470 dias em cativeiro na Faixa de Gaza.

Centenas de pessoas se reuniram na manhã deste sábado (25) na chamada “Praça dos Reféns”, onde foram instalados telões, como na semana passada, quando ocorreu a primeira libertação.

Neste local, centenas de milhares de israelenses se reuniram por 15 meses para pedir a libertação dos sequestrados no ataque sem precedentes do grupo islamista palestino Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023.

Neste sábado, a multidão olhava para as telas que mostravam os veículos da Cruz Vermelha chegando à Praça da Palestina, na Cidade de Gaza.

Quando as silhuetas das mulheres apareceram, houve uma explosão de alegria. No meio da multidão, duas mulheres mais velhas se abraçaram emocionadas e jovens choraram de alegria.

– “Todos” –

Uma mulher segurando uma fotografia de Naama Levy, uma das quatro soldados que prestavam serviço militar perto da Faixa de Gaza quando foi sequestrada, estava aos prantos.

Em seus braços, sob o retrato da jovem, sua idade na época do ataque, 19 anos, foi riscada e corrigida. Ela completou 20 anos em cativeiro.

As emissoras de televisão israelenses acompanharam ao vivo a libertação das quatro mulheres, sua posterior transferência ao Exército e o reencontro com suas famílias após 477 dias de cativeiro.

A emoção ressurgiu pouco depois, quando o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz do Exército, apareceu nas telas e anunciou que elas haviam deixado o território de Gaza.

Na multidão, foram vistos cartazes recordando às pessoas que a luta deve continuar para que todos os reféns sejam libertados. Faltam 87. O Exército israelense acredita que 34 deles estejam mortos, mas o número pode ser maior.

Em 7 de outubro de 2023, 251 pessoas foram feitas reféns. Cem foram libertadas em uma primeira trégua em novembro de 2023 e outras foram recuperadas, vivas ou mortas, em operações dos militares israelenses.

O acordo de cessar-fogo assinado entre Israel e Hamas, que entrou em vigor em 19 de janeiro, prevê a libertação de 33 reféns nas primeiras semanas da trégua, em troca da soltura de 1.900 palestinos detidos em Israel.

“Tragam eles para casa agora!”, gritou um grupo de mulheres, ecoando o slogan do Fórum das Famílias, a principal associação dos familiares dos sequestrados.

Parte do governo israelense de Benjamin Netanyahu, apoiado pela extrema direita, quer retomar os combates ao final da primeira fase do acordo, o que provavelmente condenaria os últimos reféns.

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