Câmara quer ‘driblar’ Alexandre Padilha e negociar reforma ministerial direto com Lula

A cúpula da Câmara dos Deputados está empenhada em negociar diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a reforma ministerial, evitando a intermediação do Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Os parlamentares acreditam que Padilha não é a pessoa mais adequada para articular a ocupação das novas pastas ministeriais. Com a expectativa de que Hugo Motta (Republicanos-PB) assuma a presidência da Câmara, um cenário já considerado certo mesmo com uma semana restante para as eleições internas, os deputados preferem que as negociações sejam conduzidas pelo Congresso Nacional, sem a intervenção dos presidentes de partido.

Dentro desse contexto, a cúpula da Câmara já delineou um plano estratégico para a reforma ministerial. Uma das principais propostas é a transferência de Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Casa, para o Ministério da Agricultura, atualmente liderado pelo senador licenciado Carlos Fávaro. Essa mudança é vista como uma estratégia para conter a oposição da Frente Parlamentar da Agropecuária, liderada por Pedro Lupion (PP-PR), um aliado de Lira.

Além disso, há a proposta de nomear Antônio Brito, líder do PSD, para o Ministério de Desenvolvimento Social, atualmente sob o comando do senador licenciado Wellington Dias. Essa nomeação traria visibilidade ao PSD e ganhos políticos à Câmara, já que Brito possui bom trânsito entre diversos partidos.

A avaliação geral entre os parlamentares é que essas mudanças poderiam equilibrar a relação de forças com o Senado, uma vez que os deputados se sentem sub-representados no governo Lula. Arthur Lira é visto como um nome capaz de unir oposição e situação, articulando até mesmo agendas econômicas complexas. No entanto, a relação entre Lira e o Ministro das Relações Institucionais tem sido tensa, o que dificulta a articulação do governo.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Recentemente, uma foto de Hugo Motta com o Ministro das Relações Institucionais foi interpretada como uma tentativa de melhorar a relação entre as partes. No entanto, essa iniciativa isolada não será suficiente para resolver os desafios de articulação política que o governo enfrenta.

*Com informações de André Anelli e Bruno Pinheiro

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Adicionar aos favoritos o Link permanente.