Petróleo se estabiliza após semana agitada

Os preços do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (24) e se estabilizaram após uma semana agitada, em um mercado que duvida da capacidade do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de convencer a Opep a aumentar sua produção.

A cotação do barril de tipo Brent, negociado na Europa para entrega em março, subiu 0,27%, para 78,50 dólares. Já seu equivalente americano West Texas Intermediate (WTI), com vencimento para o mesmo mês, fechou estável, com uma alta marginal de 0,05%, a 74,66 dólares.

“O mercado se viu um pouco sacudido pelas manchetes” de imprensa, resumiu à AFP John Kilduff, da Again Capital.

Na quinta-feira, as cotações do petróleo caíram depois que Trump pediu à Arábia Saudita e à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que baixassem os preços aumentando a produção, com o objetivo de reduzir custos para os consumidores americanos.

A Opep e seus aliados na Opep+ têm grande influência nos preços do petróleo. Desde o fim de 2022, seguem uma estratégia de cortes para sustentar os preços, e têm atualmente uma capacidade ociosa de produção de aproximadamente 6 milhões de barris diários.

“Se os sauditas ou a Opep+ decidirem aumentar sua produção, isso terá um efeito [de baixa] sobre os preços da energia”, resumiu Kilduff. Por isso o petróleo caiu na quinta-feira.

Mas, nesta sexta, o impacto arrefeceu, pois não é incomum que Trump peça à Opep+ “para produzir mais”, destacou o analista Jorge León, da Rystad Energy, à AFP.

“[Trump] também pediu à Arábia Saudita que aumentasse sua produção durante a sua primeira gestão”, lembrou o analista.

Não obstante, os produtores americanos precisam de preços altos para responder ao discurso de campanha do presidente de perfurar e extrair ao máximo. Caso contrário, a extração não seria rentável.

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