05 Aniversariantes musicais do dia

Você sabe o que Orlando Morais, Armandinho, Luciana Mello, Beto Jamaica e Tatautêm em comum, além de serem todos grandes nomes da nossa música popular brasileira?

Todos eles nasceram no dia 22 de janeiro, um dia muito especial para a nossa música! 

Cada um deles nasceu em um ano diferente e traz uma contribuição significativa e diversa para a música popular brasileira. 

Por isso, neste 22 de agosto de 2025, vamos contar um pouco da história de cada um dos aniversariantes do dia para vocês.

1 – Orlando Morais

Orlando Morais | Imagem: Divulgação

Nascido em Goiânia, em 22 de janeiro de 1962, Orlando Morais cresceu em contato com a natureza e essa liberdade foi fundamental para o desenvolvimento da sua musicalidade:  aos quatro anos de idade, começou a tocar piano de ouvido e apresentou-se em um recital em Brasília. 

Aos 17, mudou-se para o Rio de Janeiro, e matriculou-se no curso de Direto, mas logo em seguida, transferiu-se para Artes Cênicas, iniciando sua carreira artística.

Em 1982, o cantor, compositor, instrumentista e arranjador iniciou sua carreira internacional, na Holanda, apresentando-se com sua banda. Em seguida, fez uma temporada de shows em Portugal e seguiu para a França, onde ficou por dois anos.

Em 1990, Orlando Morais lançou o seu primeiro álbum, “1990”, com canções compostas em parceria com grandes nomes da MPB, como Cazuza (“Portuga”, que ganhou o Prêmio Sharp, na categoria Pop Rock)  e Caetano Veloso (“Divinamente Nua a Lua”).

Em 1991, foi a vez do segundo álbum – “A Rota do Indivíduo” – em que a canção título, em parceria com Djavan, rendeu a segunda indicação ao Prêmio Sharp a Orlando Morais.

Em 1993, o terceiro álbum – Ímpar – apresentou o sucesso “Figura”, canção que entrou para a trilha sonora da novela “Mulheres de Areia”, da Rede Globo, e fez de Orlando um dos artistas mais executados em todas as rádios do Brasil.

No ano seguinte, o artista compôs os temas musicais dos personagens da minissérie “Memorial de Maria Moura”, também – como “Mulheres de Areia” – protagonizada por sua esposa, a atriz Glória Pires

Com o quarto disco da carreira, “Abismo Zen”, em 1995, Orlando Morais foi mais uma vez indicado ao Prêmio Sharp, pela canção “O Que Vem a Ser a Felicidade”, que entrou para a trilha da novela “O Rei do Gado”, também da Rede Globo.

Orlando seguiu lançando um álbum de sucesso atrás do outro, emplacando músicas nas rádios e em novelas, e fazendo parcerias frutíferas na MPB, até que – em 2008 – tornou-se o primeiro artista no mundo a receber a “Carta nº1”, visto de permanência VIP do governo francês.

A “Carta de Competência e Talento”, de residência especial, concedida a Orlando Morais, foi resultado da escolha de candidatos eméritos sugeridos pelos consulados franceses do mundo inteiro. 

O artista então, se mudou para Paris com a família, iniciando o trabalho de divulgação de sua carreira em terras francesas. Todo seu esforço foi recompensado com o sucesso da música “Où es-tu?”, em parceria com Patrick Bruel, que alcançou o primeiro lugar em vendas no I-Tunes francês.

Em 2010, Orlando retornou ao Brasil, mas seguiu tocando sua carreira internacional: no ano seguinte, ele passou a promover ainda mais o intercâmbio cultural, ao apresentar o programa “Lá”, no Canal Brasil. 

Em 2016, Orlando Morais realizou o festival “Orla Mundo”, com shows em Paris, no Rio de Janeiro, em Goiânia e Brasília, com participação de artistas de diversas nacionalidades, unidos pela música.

A sua banda, Rivière Noire, ganhou o “German Gress Music Awards”, prêmio importante da crítica alemã, na categoria Música do Mundo.

Em 2019, o artista lançou o seu longa-metragem Orlamundo, “Uma odisseia musical que nos faz ouvir a natureza brasileira, respirar, mergulhar, voar e vibrar aos sons inéditos, frutos da paixão de Orlando Morais e de músicos vindos dos quatro cantos do planeta”, que ganhou o prêmio de Melhor Documentário no Los Angeles Independent Film Festival.

O mais recente projeto de Orlando Morais é ao lado das três filhas cantoras: Cleo, Anttónia e Ana Morais (ele também é pai de Bento) e se chama Eu e Elas. 

O encontro das vozes – que já era comum nas interações familiares há anos – evoluiu naturalmente para um projeto maior. “Eu e Elas” coloca Orlando Morais como condutor das três vozes femininas de gerações diferentes cantando grandes sucessos de sua carreira, da MPB, além de faixas inéditas e autorais do supergrupo.  

2 – Armandinho

Armandinho | Imagem: Divulgação

Armando Antônio Silveira da Silveira, mais conhecido pelo seu nome artístico Armandinho, nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 22 de janeiro de 1970.

O cantor e compositor desde criança já ouvia de tudo um pouco e teve a mãe como grande incentivadora: ela costumava comprar um disco por mês e foi quem o colocou na aula de violão, aos 8 anos. 

Armandinho conta que a música sempre serviu como terapia para a sua fala, já que ele era muito gago. Sofria bullying no colégio, quando tinha que ler um texto, o que o deixava muito traumatizado. Logo, ele descobriu que quando cantava não gaguejava. Então começou a ler os textos cantando e acabou virando uma atração na sala.

Sua relação com o surfe também começou cedo e, aos 11 anos, já ia surfar na praia de Tramandaí, no Rio Grande do Sul.

Em 1985, formou com colegas sua primeira banda, ainda na escola Aos 12 anos de idade Armandinho já compunha, sendo que a primeira canção de sua autoria a estourar nas rádios anos depois, “Sexo Na Caranga”, foi escrita nessa época. 

Ele conta que teve “a ‘fase Beatles’, a ‘fase Rolling Stones‘” e uma idolatria por Elvis Presley.  Começou a tocar em bares de sua cidade, até que o divisor de águas entre a noite e o sucesso radiofônico aconteceu em 2001, quando uma fita cassete com dez canções foi entregue ao diretor da Rede Atlântida (braço do Grupo RBS), que gostou do que ouviu e pediu para levar uma música da fita para a programação da rádio. 

A música em questão era “Folha de Bananeira”, que ficou entre as quatro mais pedidas da rádio e em qualquer lugar do Rio Grande do Sul onde foi tocada. Em seguida, outra música, “Rosa Norte”, também fez grande sucesso na programação da rádio. 

Em 2002, Armandinho lançou seu álbum de estreia, que levou o seu nome. A canção “Balanço da Rede” abre o trabalho, com forte ênfase no reggae. Outros sucessos como “Ursinho de Dormir”, “Reggae das Tramanda”, “Sentimento” e “Outra Noite Que Se Vai” também fazem parte do álbum. 

Seu segundo disco, “Casinha”, lançado em 2004, trouxe o grande sucesso “Desenho de Deus”, além de uma versão de “O Leãozinho”, de Caetano Veloso. Em 2006, Armandinho assinou com a Universal Music e lançou seu primeiro álbum ao vivo, trabalho que o fez conhecido no Brasil inteiro. 

Em 2007, lança o quarto álbum de sua carreira, “Semente”, que também é título da primeira música de trabalho do álbum. Armandinho lançou em 2009, seu quinto álbum, intitulado “Volume 5”. Nesse trabalho o cantor decidiu fugir um pouco do estilo pop-romântico, rótulo que ele temia cair por conta do hit “Desenho de Deus”.

O álbum possui composições que ganharam espaço definitivo em seus shows, tais como “Amor de Primavera” e “Desejos do Mar”. Sem deixar o reggae e o romantismo de lado, o músico também revelou algumas de suas influências roqueiras.

Após uma bem sucedida turnê no Brasil, Estados Unidos, Uruguai e Peru, Armandinho escolheu a Argentina para a gravação de seu segundo DVD, intitulado “Ao Vivo em Buenos Aires”, lançado em dezembro de 2012 em vários países da América Latina.

Em 2013, foi a vez do álbum “Sol Loiro” e, em 2019, de seu terceiro álbum ao vivo e mais recente trabalho de Armandinho, intitulado “Acústico”, com material gravado em show de 2017.

3 – Luciana Mello

Luciana Mello | Imagem: Divulgação

A cantora e compositora paulistana, Luciana Mello é uma das maiores vozes da nossa MPB.

Nascida em 22 de janeiro de 1979, Luciana é filha do saudoso e talentoso Jair Rodrigues, um dos maiores nomes da história da música popular brasileira, e conviveu com a música bem de perto desde muito cedo.

Ela começou a carreira bem novinha, aos cinco anos de idade, quando gravou com o pai, a canção “O Filho do Seu Menino”, no disco Luzes do Prazer, de 1985.

Dois anos depois, aos sete anos de idade, Luciana entrou para a última formação do conjunto musical infantil Turma do Balão Mágico, do qual já fazia parte o seu irmão – o hoje cantor, compositor, instrumentista e produtor musical Jair Oliveira – na época, ainda Jairzinho.

Em 1995, aos 16 anos, ainda assinando como Luciana Rodrigues, a cantora gravou o seu primeiro disco solo. Em 2000, tornou-se conhecida no Brasil inteiro, quando lançou o seu segundo álbum, “Assim Que Se Faz” – produzido por seu irmão – que ganhou projeção nacional com os sucessos da faixa-título (composição de Daniel Carlomagno) e da canção “Simples Desejo” (composição de seu irmão em parceria com Carlomagno).

Depois disso, Luciana não parou mais, lançando um sucesso atrás do outro e tornando-se uma das mais importantes cantoras da nossa música popular brasileira. Seus outros álbuns foram:

  • Olha Pra Mim (2001) 
  • L.M. (2004)
  • Nega (2007)
  • 6º Solo (2011) 
  • Na Luz do Samba (2016)
  • Tempo de Amar (2022)

Jair Oliveira produziu diversos discos da irmã a partir daí, que passeiam entre o pop, o R&B e samba (gênero pelo qual Luciana declara imensa paixão) com maestria.

Outros dos grandes sucessos na deliciosa e potente voz de Luciana Mello, são: Prazer e Luz (de Jair Oliveira e Max Viana); Olha Pra Mim (de Edu Tedeschi); Só Vale Com Você (de Lupa Mabuze); Da Cor do Pecado (de Bororó); Sexo, Amor e Traição (de Eugênio Dale e Antônio Villeroy);e Borboletas (de Jair Oliveira).

Em 2023, Luciana Mello lançou um álbum ao vivo, em comemoração aos seus 35 anos de carreira: 35 anos de Música.

Seu mais recente lançamento foi o projeto “Casa da Lú”, que a artista iniciou em 2024, em que traz participações especiais para cantar com ela, honrando quem veio antes, convidando referências como Alcione e Leci Brandão – e também dando luz pra quem está chegando, como a jovem cantora Marvvila

Confira a  participação especialíssima de  Luciana Mello no programa Mais Preta, batendo um papo potente com Adriana Couto

4 – Beto Jamaica

Beto Jamaica | Imagem: Divulgação

O cantor e compositor Roberto Pereira dos Santos, conhecido como Beto Jamaica, nasceu em Salvador, na Bahia, em 22 de janeiro de 1965.

Beto começou sua carreira no bloco afro Afoxé Zambi, depois passou pelos blocos Muzenza e Ilê Aiyê. Inspirado pelos sambas de roda do recôncavo baiano criou, em 1994, o “Gera Samba”, junto do amigo Compadre Washington e outros músicos, dez no total.

Em 1995, houve uma primeira cisão do grupo, e foi formada a banda “Terra Samba”. Em 1996, com a saída de outros integrantes do grupo e o sucesso do primeiro álbum que se chamou “É o Tchan” e vendeu mais de 900 mil cópias, Beto Jamaica e Compadre Washington resolveram mudar o nome da banda para “É o Tchan”.

O sucesso do grupo foi estrondoso em meados dos anos 90 até o início dos anos 2000. Entre os clássicos do primeiro álbum, de 1995, estavam as músicas: “Pau Que Nasce Torto” / “Melô do Tchan” e “Paquerei”.

Além de Beto e Washington, faziam parte da formação inicial do “É o Tchan” os dançarinos Carla Perez, Débora Brasil e Jacaré. Depois disso, fizeram sucesso com o grupo também as dançarinas Sheila Mello e Scheila Carvalho.

Com o “É o Tchan” – grupo do qual chegou a sair por alguns anos (a partir de 2000) e que depois teve uma pausa de 2006 até voltarem à ativa em 2010 – Beto Jamaica fez muito sucesso, ao lançar os álbuns:

  • É o Tchan (1995)
  • Na Cabeça e na Cintura (1996)
  • É o Tchan do Brasil (1997)
  • É o Tchan no Hawaí (1998)
  • É o Tchan na Selva (1999)
  • Desafio do Manequim (2017)

No tempo em que ficou em carreira solo, Beto também lançou o álbum “É de Remexer, É de Rebolar”, em 2000. Além disso, a banda também lançou álbuns ao vivo.

O “É o Tchan” foi um dos maiores fenômenos culturais do Brasil na década de 1990, dando projeção nacional ao pagode baiano, com destaque às músicas coreografadas. O grupo vendeu em torno de 16 milhões de cópias, sendo 2,7 milhões apenas do álbum “É o Tchan do Brasil”, que recebeu disco de Diamante Duplo e se tornou um dos 20 mais vendidos da história do Brasil, na posição 14.

Além das vendas de discos, o grupo também teve produtos licenciados (entre calçados, roupas e brinquedos) e acumulou shows pelo Brasil e exterior, além de ter inspirado a formação de bandas com temática semelhante. Outro sucessos do grupo foram:

A Dança do Bumbum; Dança da Cordinha; Melô do Tchaco II (Dança Gostosa); Ralando O Tchan (A Dança Do Ventre); Bambolê; Dança Do Põe Põe; Disque Tchan (Alô É Tchan); É O Tchan No Hawaí; A Nova Loira Do Tchan; Ariga Tcha e Tchan na Selva.

Em 2018, o artista lançou o projeto “Movimento do Beto”, que mistura a música popular brasileira com o samba do recôncavo da Bahia e o samba baiano, e que conta também com outros cantores.

5 –  Tatau

Tatau | Imagem: Divulgação

Gilson Menezes dos Santos Dorea, conhecido pelo nome artístico de Tatau, nasceu no bairro do Tororó, em Salvador, Bahia, em 22 de janeiro de 1969.

Tatau começou a cantar ainda jovem, aos 14 anos, e a compor aos 16. Percussionista, participou de um festival, promovido pelo Olodum, um dos principais blocos afro da Bahia, na qual saiu vencedor com a música de sua autoria (em parceria com Paulo Moçambique), “Protesto do Olodum”. Acanção tornou-se um dos maiores sucessos do Olodum, que a lançou no carnaval de 1988.

Aos 18 anos, Tatau iniciou sua carreira profissional ao integrar a banda de axé Araketu, em 1987, originada de um bloco carnavalesco que já existia desde 1980.

Com a banda, Tatau lançou mais de 15 álbuns e alcançou sucesso no Brasil inteiro e em países como Alemanha e Dinamarca. Entre os principais clássicos eternizados pelo Ara Ketu, estão: “Araketu é Bom Demais”; “Pipoca” e “Mal Acostumado”. 

Em 2008, o artista anunciou sua saída da banda Ara Ketu para seguir carreira solo, assinando um contrato de cinco anos com a gravadora brasileira Deckdisc. Neste mesmo ano, Tatau lançou o álbum “Formas e Formas”.

Em 2012, mais de quatro anos depois, o cantor anunciou seu retorno ao Ara Ketu, que contava com Larissa Luz nos vocais desde a sua saída. Em 2015, Tatau anunciou sua nova saída do Ara Ketu para continuar a carreira solo, lançando mais três álbuns: “Memórias”(2016); “Axé 90 Graus Ao vivo” (2018) e “Macaco Sessions TATAU” (2019).

Tatau também é compositor de sucessos nas vozes de outros baianos, como Chiclete com Banana, Banda Eva e É o Tchan.

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