Sobe para 80 número de mortos em confrontos entre guerrilhas no nordeste da Colômbia

Um ataque sangrento da guerrilha do ELN contra dissidentes das Farc e civis deixou 80 mortos na fronteira da Colômbia com a Venezuela, disse o governador local, William Villamizar, neste domingo (19).

“Estima-se que mais de 80 pessoas perderam a vida”, disse o governador do departamento de Norte de Santander, que inclui a região conflituosa de Catatumbo, palco de confrontos entre rebeldes desde a última quinta-feira.

Desde esse dia, rebeldes das duas organizações se enfrentam violentamente na disputa pelo controle desta região estratégica para a produção de cocaína, com a população civil no meio do fogo cruzado.

A Defensoria do Povo indicou no sábado que cerca de 60 pessoas, inclusive sete combatentes das Farc, que assinaram o acordo de paz de 2016, morreram devido à violência em cinco municípios dessa região montanhosa, historicamente dominada por grupos insurgentes.

O organismo que zela pela proteção dos direitos humanos também denunciou que os rebeldes do ELN estão indo “casa por casa” nestes povoados em busca de pessoas que consideram alinhadas às dissidências das Farc para assassiná-las.

Villamizar tachou de “alarmante” a situação humanitária causada pelos confrontos entre o Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidências das Farc em Catatumbo.

O ELN também teve um confronto com o Clã do Golfo, o maior cartel de drogas da Colômbia, em outra região do norte do país, deixando um balanço de nove mortos, segundo as autoridades.

Devido à investida do ELN, o presidente Gustavo Petro ordenou a suspensão das negociações de paz com essa guerrilha, a qual acusou de cometer “crimes de guerra”.

Mais de 5.000 membros da força pública foram mobilizados para a região “para reforçar a segurança do Norte de Santander”, informou o Exército em um comunicado.

O ministro da Defesa, Iván Velásquez, está na cidade fronteiriça de Cúcuta para liderar a ofensiva contra as guerrilhas.

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