Cuidados para evitar acidentes com animais peçonhentos durante o verão em SC

Com a chegada do verão, moradores e turistas em Santa Catarina precisam redobrar os cuidados para evitar acidentes com animais peçonhentos. O aumento das temperaturas favorece a presença desses animais, que saem de seus abrigos em busca de alimento ou melhores condições de sobrevivência.

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O encontro com cobras, aranhas e outros animais venenosos é mais comum durante passeios em trilhas, áreas de mata ou até mesmo em ambientes urbanos. Por isso, especialistas recomendam medidas preventivas para garantir a segurança.

Equipamentos de proteção são essenciais

De acordo com o biólogo e professor Rodrigo Ávila Mendonça, do Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Silvestres (CEPTAS) da Unisul, o uso de equipamentos de proteção, como botas e perneiras, é fundamental.

Esses itens ajudam a prevenir acidentes, principalmente em áreas de mata, onde há maior probabilidade de contato com serpentes

explicou Mendonça.

Animais peçonhentos encontrados em Santa Catarina

No estado, algumas espécies de animais peçonhentos representam maior risco à saúde humana. Dados do Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina (CIATOX/SC) apontam que as aranhas-marrom (Loxosceles) e armadeira (Phoneutria) são as mais perigosas, com picadas que podem causar dor intensa, inchaço e, em casos graves, necrose ou complicações respiratórias.

Entre as serpentes, destacam-se jararacas e corais, cujas picadas podem ser fatais sem o devido atendimento médico. No entanto, outras espécies, como cobras-d’água e caninanas, não são venenosas e têm papel importante no controle de pragas.

É essencial entender que esses animais possuem funções ecológicas importantes. Matá-los não só é crime ambiental, mas também prejudica o equilíbrio do ecossistema

ressaltou o biólogo.

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Como agir ao encontrar animais peçonhentos

Se um animal peçonhento for encontrado em área residencial, a orientação é acionar o Corpo de Bombeiros Militar pelo número 193 ou a Polícia Ambiental. Essas equipes, portanto, estão treinadas para capturar os animais e transportá-los para locais seguros.

Em casos de picadas, o ideal é manter a calma e buscar atendimento médico imediato. Além disso, o biólogo Rodrigo Mendonça alerta que práticas como torniquetes, cortes no local da picada ou a aplicação de substâncias sobre a ferida devem ser evitadas.

Dicas de prevenção

  • Use botas e perneiras: Evite picadas em áreas mais vulneráveis, como pernas e pés. Verifique o interior dos calçados antes de usá-los.
  • Proteja as mãos: Evite enfiá-las em locais como frestas, cupinzeiros ou troncos ocos. Utilize objetos para inspecionar esses locais com segurança.
  • Mantenha áreas externas limpas: Elimine entulhos e restos de madeira para evitar a presença de roedores, que atraem cobras.
  • Preserve o meio ambiente: Desmatamentos e queimadas podem forçar os animais a buscarem abrigo em áreas urbanas.
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