Encontro de gerações: Blazy e Vini Vici lançam ‘’Corpo e Canção (feat. Letícia Fialho)’’ pela Braslive Records

‘’Corpo e Canção’’ da brasileira Letícia Fialho foi lançada em 2018 e já acumula 8,9 milhões de streams no Spotify. Com um vocal leve e harmonioso, foi a escolha perfeita para a primeira colaboração entre Vini Vici e Blazy, e a união dos projetos foi perfeita para a primeira versão psytrance da música de Letícia. 

Unindo o melhor de gerações distintas do psytrance, a track que chega hoje pela Braslive Records foi o hit das festas de fim/início de ano antes mesmo de ser lançada, inclusive no Universo Paralello foi uma das mais tocadas.

A dupla israelense segue na ativa até hoje e é referência para uma geração de fãs do psytrance, inclusive para o DJ brasileiro, que sempre sonhou em colaborar com os lendários artistas. 

Formado em 2013 pelos israelenses Aviram Saharai e Matan Kadosh, Vini Vici rapidamente ganhou notoriedade e destaque global na cena psytrance, uma vez que seus integrantes já tinham carreira prévia no grupo Sesto Sento. Hoje, o projeto é respeitado pelos quatro cantos do mundo e tem uma relação muito próxima com os fãs brasileiros, vindo ao país diversas vezes por ano em diferentes festivais e estados.

Blazy lançou nos últimos dias seu live set no Universo Paralello 24/25, e adivinhem qual música ele usou para encerrar e explodir a pista? 

Batemos um papo com o DJ e produtor que estampa a capa da House Mag #52 para saber mais sobre essa colaboração especial para ele e para a cena. Confira!

House Mag: Como surgiu a ideia dessa colaboração? Foi algo planejado ou aconteceu de forma espontânea? 

Blazy: A gente já tinha combinado de desenvolver uma música há alguns anos, mas nunca tinha uma ideia, ai uns meses atrás surgiu a ‘’Corpo e Canção’’ através da esposa do Aviram e fizemos a música.

HM: Quais foram os maiores desafios e aprendizados ao trabalhar com uma referência tão grande? Como vocês equilibraram os estilos de ambos?

B: Acho que não teve um desafio grande, a música fluiu bem e combinou bastante nossos estilos. Entendemos o que o outro queria passar e fizemos a música bem rápido, o processo foi gostoso.

HM: Você acha que essa track carrega um pouco da identidade brasileira? Qual a importância de inserir elementos culturais no psytrance?

B: Carrega muito! Grande parte é graças a composição da Letícia, não muito pelo instrumental. A ideia foi fazer uma música tribal, e ao invés de usar um mantra indiano que todo mundo usa, escolhemos um brasileiro (risos). Não tem diferença entre essa música e aos psytrance clássicos.

HM: Qual significado essa track tem para você?

B: O vocal em português me fez identificar muito, além de ser minha primeira colaboração com o Vini Vici, que foram minhas maiores referências por muito tempo. Inclusive, foram os únicos artistas que eu dediquei uma tatuagem. Lembro quando encontrei eles no passado, disse que queria ser igual a eles e a resposta foi: ‘’Não, seja você’’. E isso me tocou e eu tatuei. Virou uma chavinha na minha cabeça para acreditar em mim e no meu trabalho.

HM: Durante a produção, teve alguma técnica ou elemento sonoro que foi introduzido especificamente pela colaboração? Algo que você não costuma usar?

B: Tem uma característica bem forte do Vini Vici nas percussões que são um grande ‘’tribe’’.  Uma coisa bem legal que a gente acrescentou que é exclusivo dessa música é a flauta, que foi gravada e soma com a ideia de floresta, tribos, Brasil. Contribuiu muito para a atmosfera.

Também conseguimos um tempinho com o duo israelense para ouvir deles sobre ‘’Corpo e Canção’’.

HM: A composição original da música é de Letícia Fialho, que empresta sua voz à obra. Você não fala portugês, como você conheceu a música e como ressoou com você?

Vini Vici: Bom, é realmente uma boa história. Eu e meu parceiro Matan ouvimos a música inicialmente pela minha esposa, Layla. Ela é brasileira e sugeriu que nós criássemos nosso próprio edit para a Tomorrowland Brasil. Eu falo português, então eu tive uma conexão logo de cara com a letra. Nós nos apaixonamos imediatamente pela voz de Letícia e ficamos cativados pela linda estrutura harmônica da track. Nós mandamos a ideia para o Blazy, já que estávamos falando há um tempo sobre fazer uma collab juntos. Depois de alguns dias, nós fizemos um trecho e apresentamos para Letícia Fialho, a cantora e escritora original de Corpo e Canção. Ela adorou a direção. Nós fizemos algumas sessões adicionais e sentimos que tínhamos uma boa versão para tocar e lançar. Eu toquei a track pela primeira vez no Tomorrowland Brasil e o público foi à loucura. Nós sabíamos que tínhamos algo especial em nossoas mãos.

HM: Como foi trabalhar com Blazy, um grande talento do Psytrance brasileiro, nesta versão?

VV: Eu toco no Brasil há muitos anos e sigo a carreira de Blazy desde o dia 1. Eu e meu parceiro sempre vimos um grande potencial e acreditamos que ele vai se tornar um dos maiores artistas do Brasil. Nós também nos conectamos profissionalmente há alguns anos, agora que Blazy está trabalhando com nossa agência Alteza, e marca que representa ele por todas suas apresentações mundiais e este ano nos estamos hospedando ele no nosso palco Alteza no Ultra Festival Miami. Nós estamos bem animados sobre este palco, e hospedá-lo em Miami. Definitivamente, existe um grande e brilhante futuro para ele e nós esperamos encontrar caminhos para colaborar mais e mais.

Por Adriano Canestri

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