Secretário do Tesouro dos EUA promete ‘idade de ouro econômica’

O indicado de Donald Trump para chefiar o Departamento do Tesouro afirmou, nesta quinta-feira (16), que o programa econômico do republicano inaugurará “uma nova idade de ouro econômica” nos Estados Unidos, durante uma audiência no Senado para confirmá-lo para o cargo.

“Acredito que o presidente Trump tem uma oportunidade de uma geração para inaugurar uma nova era de ouro econômica que criará empregos, riqueza e prosperidade para todos os americanos”, disse Scott Bessent quatro dias antes da posse do magnata.

O candidato republicano, que venceu a eleição presidencial em 5 de novembro, planeja perpetuar os cortes de impostos aprovados em seu primeiro mandato, que expiram em 2027, e até aumentá-los.

Ele também quer impor tarifas entre 10% e 20% sobre todos os produtos que entram nos Estados Unidos, e até entre 60% e 100% sobre os produtos procedentes da China.

Nas últimas semanas, ele ameaçou impor tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá, que fazem parte do acordo de livre comércio norte-americano T-MEC, negociado e assinado durante seu primeiro mandato.

Outra meta é reduzir os gastos federais, em um momento em que o déficit público deve ultrapassar 7% do PIB neste ano.

O presidente eleito já anunciou sua intenção de reduzir a ajuda às energias renováveis, assim como algumas disposições da Lei de Redução da Inflação (IRA), o plano verde do presidente em fim de mandato, Joe Biden.

“O governo federal tem um enorme problema de gastos”, disse Bessent em seu discurso ao Senado.

“Temos que trabalhar para colocar a casa em ordem e ajustar os gastos públicos internos, que aumentaram mais de 40% nos últimos quatro anos”, disse ele.

Trump o escolheu como secretário do Tesouro no final de novembro. A nomeação de Bessent provavelmente tranquilizará os mercados, que o conhecem bem como gestor de ativos por meio de sua empresa de investimentos, a Key Square Capital Management.

Especialista em mercados de câmbio e dívida, analistas o consideram bem preparado para lidar com o muro da dívida que o governo federal deve enfrentar.

Este fervoroso defensor do livre comércio acredita que os efeitos inflacionários das tarifas podem ser nulos, especialmente se forem introduzidas gradualmente.

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