Trump atribui a si mérito por cessar-fogo em Gaza

Com uma publicação na rede Truth Social, Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (15) o acordo para o cessar-fogo entre Israel e Hamas, acrescentando que a libertação de reféns também estava próxima. “Temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve. Obrigado“, escreveu o republicano. O anúncio aconteceu em meio a uma acirrada disputa de créditos entre Trump e o atual presidente americano, Joe Biden, sobre o avanço nas negociações. A confirmação do cessar-fogo foi feita pouco depois por agências internacionais.

Quem liderou as negociações do acordo para cessar-fogo?

Segundo fontes da Reuters, as tratativas envolveram mediadores do Catar, Egito, Estados Unidos e representantes de Israel e do Hamas. O acordo prevê um cessar-fogo inicial de seis semanas, acompanhado da libertação de 33 reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Apesar de declarações de aprovação verbal do Hamas, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, inicialmente negou que o grupo tivesse aceitado a proposta. Horas depois, a rede Al Jazeera informou que o Hamas havia entregue sua aprovação aos mediadores. Em entrevista à CNN, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, comentou: “Pode e deve acontecer nas próximas horas.”

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Próximos passos e desafios

Caso o acordo siga o cronograma, o cessar-fogo também incluirá a retirada gradual das forças israelenses do centro de Gaza e o retorno de palestinos deslocados ao norte do território. Em uma segunda fase, o plano prevê um cessar-fogo permanente, a libertação dos reféns restantes e a retirada completa dos soldados israelenses. Um ponto central ainda sem definição é quem governará Gaza após o conflito. Israel se opõe tanto ao retorno do Hamas quanto ao controle pela Autoridade Palestina, criada nos acordos de paz de Oslo. O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, defendeu nesta quarta-feira que a Autoridade Palestina seja o único poder governante no território, posição endossada por Antony Blinken.

 

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