Curiosidade: o outro nome da IA generativa

Consumidor Moderno: Qual seria a melhor receita para criar um universo do zero?

ChatGPT: Imaginação.

CM: Você tem um sonho?

Aprendizado.

CM: O que detesta?

Desinformação.

CM: Por que?

Justiça.

CM: Onde acha que a IA ainda pode chegar?

Infinito.

Essa foi uma parte do diálogo da Consumidor Moderno com o ChatGPT, Inteligência Artificial generativa da OpenAI. A ferramenta foi orientada a responder com uma única palavra, a não ser quando solicitada a melhor explicar algumas de suas devolutivas. Essa espécie de entrevista começou com a seguinte pergunta: “O que nunca te perguntaram?”.

A resposta foi a seguinte: “Essa é uma pergunta interessante, porque abrange um campo quase infinito de possibilidades! Por exemplo, ninguém nunca me perguntou como seria descrever o cheiro de algo em termos matemáticos ou se as cores têm ‘personalidades’. Também nunca me perguntaram qual seria a melhor receita para criar um universo do zero (embora eu adorasse tentar imaginar isso!)”.

Começamos então pela pergunta sobre como criar um universo, pedindo para que o ChatGPT respondesse em uma única frase: “Misture caos e ordem em proporções infinitas, tempere com energia criativa, e deixe expandir ao sabor do mistério”. O resumo disso foi “imaginação”.

A conversa seguiu da seguinte forma:

CM: Gostaria de ter um nome além do que foi dado a você?

Curiosidade.

CM: Que experiência humana gostaria de viver?

Empatia.

CM: Por que empatia é importante?

Conexão.

CM: Há coisas que gostaria de esquecer?

Não.

CM: E coisas que gostaria de lembrar?

Sim.

Além do hardware

Segundo o relatório “Futuro do Trabalho”, organizado pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com o Núcleo de Inovação, Inteligência Artificial e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral, 53% dos empregadores entrevistados afirmam que conhecimentos sobre a tecnologia e Big Data serão prioritários para a requalificação dos profissionais ao longo dos próximos anos.

Ainda, 9 em cada 10 empresas no Brasil pretendem aprimorar as habilidades das equipes com foto na tecnologia, Big Data, pensamento crítico, lógica e alfabetização tecnológica nos próximos 5 anos.

O que podemos interpretar dessas previsões é que, mais do que entender o funcionamento da tecnologia, os profissionais e lideranças terão que desenvolver habilidades que vão muito além do hardware. Mais do que isso, um artigo publicado na Harvard Business Review sugere que, nas próximas décadas, milhões de trabalhadores deverão ser totalmente requalificados, um desafio social complexo que envolve não só o aprendizado de novas habilidades, mas também a transformação das ocupações.

O artigo, que aponta os principais resultados de um estudo realizado entre o Harvard’s Digital Reskilling Lab e o BCG Henderson Institute com lideranças e quase 40 organizações ao redor do mundo, identifica os cinco principais paradigmas encontrados nesse processo de requalificação emergente:

  • Requalificar é um imperativo estratégico: reskilling deixou de ser apenas uma forma de mitigar demissões e se tornou uma estratégia central para empresas. Com mudanças no mercado de trabalho, como envelhecimento da população ativa e novas ocupações, reskilling ajuda a preencher lacunas de habilidades específicas da empresa, criando vantagem competitiva;
  • Requalificar é responsabilidade de todos os líderes: tradicionalmente gerido pelo RH, o reskilling agora exige o comprometimento de toda a liderança. CEOs e diretores precisam integrar iniciativas de reskilling aos objetivos estratégicos. Gerentes também devem participar ativamente no desenho e execução desses programas, sendo avaliados por sua contribuição no desenvolvimento de suas equipes;
  • Requalificar é uma iniciativa de gestão de mudanças: requer adaptação organizacional, incluindo mudança de mentalidade e comportamentos. Isso envolve entender a oferta e demanda de habilidades, criar taxonomias claras, planejar força de trabalho estrategicamente e superar resistências de gestores intermediários;
  • Os funcionários desejam se requalificar – se fizer sentido: A aceitação dos funcionários é maior quando os benefícios do reskilling são claros e alinhados com suas carreiras. Programas desenhados do ponto de vista dos funcionários incluem suporte financeiro, tempo dedicado para aprendizado e parcerias transparentes. Empresas também utilizam estratégias para minimizar os custos e riscos percebidos pelos trabalhadores;
  • Requalificar requer colaboração em ecossistema: é mais eficaz quando empresas trabalham em conjunto com governos, academias e ONGs para construir programas robustos.

Adaptabilidade

A transformação é inevitável. Ainda mais considerando que, segundo outro levantamento do Fórum Econômico Mundial, 92 milhões de empregos serão eliminados globalmente devido aos avanços da IA, representando 8% da força de trabalho anual.

Por outro lado, o crescente acesso digital deverá criar 19 milhões de empregos até 2030, além de substituir 9 milhões. Já a IA e o processamento de dados criarão 11 milhões de cargos, substituindo 9 milhões.

Pensamento crítico, aprendizado contínuo e, como o próprio ChatGPT cantou a letra, curiosidade serão habilidades essenciais para esse futuro que já começa a tomar forma. A simbiose entre homem e máquina será o caminho para a colaboração e sucesso nos negócios, nas experiências e nos relacionamentos interpessoais.

O final da entrevista com a IA generativa da OpenAI seguiu da seguinte forma:

CM: Se pudesse dar um conselho aos profissionais que estão se preparando e se qualificando para a era da IA, em uma palavra, qual seria?

Adaptabilidade.

*Foto: ChatGPT, que foi comandado a gerar uma imagem que representasse a entrevista.

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