Produtores de algodão enfrentam desafios climáticos e queda nos preços em 2025

Algodão - Fotos do Canva

Os produtores de algodão em pluma no Brasil iniciam 2025 concentrados no cultivo da nova safra e na comercialização dos volumes colhidos e beneficiados no ano anterior. Segundo análise do Cepea, o cenário atual é desafiador, marcado por condições climáticas adversas e retração no mercado internacional.

No Brasil, o clima tem sido motivo de atenção, especialmente nas áreas do Cerrado, onde o excesso de chuvas interfere tanto no andamento da semeadura quanto na qualidade do solo. Até a última sexta-feira (10), o plantio do algodão em Mato Grosso, maior estado produtor, alcançou 14,20% da área projetada, um avanço semanal de 3,91 pontos percentuais. Apesar disso, o ritmo está atrasado em relação à safra passada e à média histórica, em parte devido ao atraso na colheita da soja, que antecede o cultivo do algodão.

No mercado internacional, os preços do algodão têm sofrido com a oferta global abundante e sinais de desaceleração no consumo, especialmente na China. A nação asiática, maior importadora mundial da fibra, indicou redução significativa nas compras para a temporada 2024/25, um movimento que afeta diretamente as exportações brasileiras.

No mercado doméstico, o impacto dos recuos internacionais e da valorização do real frente ao dólar tem pressionado a paridade de exportação, resultando em queda nos preços pagos aos produtores brasileiros. Esse panorama reforça a necessidade de estratégias de comercialização mais cautelosas, especialmente em um momento em que as incertezas climáticas e econômicas dominam o cenário agrícola.

Mesmo diante desses desafios, o setor algodoeiro brasileiro segue sendo um dos mais competitivos globalmente, respaldado pela qualidade da fibra nacional e pela eficiência logística nas regiões produtoras. A expectativa é de que o alinhamento entre mercado, clima e produção seja determinante para os resultados de 2025.

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