Entenda o mistério da sucuri gigante que apareceu boiando

Uma das principais características das cobras sucuris, além do tamanho que chama a atenção, é o dimorfismo sexual, ou seja, nas quatro espécies, as fêmeas são maiores que os machos

Um vídeo enviado para o Biólogo Henrique Abrahão – O Biólogo das Cobras mostra um mistério envolvendo uma cobra sucuri gigante, que apareceu boiando em um rio.

Um grupo de pescadores se deparou com a sucuri boiando e toda inchada. O pessoal acreditou que a sucuri tivesse engolido alguma presa e se engasgado. Porém, Henrique Abrahão apresentou outra versão sobre o que realmente pode ter ocorrido com a enorme sucuri.

Saiba mais sobre as sucuris

De hábito semiaquático, as cobras sucuris (Eunectes) são endêmicas da América do Sul e podem ser divididas em quatro espécies:

  • Eunectes notaeus, a sucuri-amarela, endêmica da zona do Pantanal;
  • Eunectes murinus, a sucuri-verde, a maior e mais conhecida, ocorrendo em áreas alagadas da região do cerrado e da Amazônia, sendo que, neste último bioma, os animais costumam alcançar tamanhos maiores;
  • Eunectes deschauenseei, a sucuri-malhada, ocorre na ilha de Marajó e na Guiana Francesa, bem como em algumas outras partes da Amazônia;
  • Eunectes Eeniensis, a sucuri-da-bolívia.

Uma das principais características das cobras sucuris, além do tamanho que chama a atenção, é o dimorfismo sexual, ou seja, nas quatro espécies, as fêmeas são maiores que os machos.

Quando está no período de acasalamento, a sucuri libera feromônios para atrair machos para reprodução, o que pode resultar na aproximação de vários machos. A fêmea acaba por escolher apenas um para se reproduzir.

A troca de pele nas cobras sucuris é um processo biológico e necessário para o seu crescimento.

“A pele das cobras é coberta por escamas que são compostas de queratina, e elas realizam essa troca para poder expandir seu corpo”, explica Erika Hayashi, médica veterinária especializada em animais silvestres e pets exóticos, da clínica e hospedagem de animais silvestres, Paraíso Silvestre, na Grande São Paulo (SP).

Essa troca de pele recebe o nome de ecdise, podendo ocorrer até cinco vezes no mesmo ano. São necessários alguns fatores para a ocorrência, como por exemplo: saúde e idade do animal, alimentação e condições do meio ambiente, como temperatura e umidade.

Uma das principais características das cobras sucuris, além do tamanho que chama a atenção, é o dimorfismo sexual, ou seja, nas quatro espécies, as fêmeas são maiores que os machos.
Uma das principais características das cobras sucuris, além do tamanho que chama a atenção, é o dimorfismo sexual, ou seja, nas quatro espécies, as fêmeas são maiores que os machos. Foto: Dário Nessi.

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