Atlas: Lula tem pior aprovação desde 2022, mas é o principal nome para 2026

Lula

O terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido marcado por flutuações significativas em sua avaliação popular. Uma pesquisa da AtlasIntel em parceria com a Bloomberg revelou que a desaprovação de Lula em dezembro de 2024 atingiu 49,8%, o maior índice desde o início de seu mandato atual. Essa variação está dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, mantendo-se próxima aos 47,8% registrados em novembro.

O descontentamento crescente da população é atribuído principalmente à percepção negativa em relação à política econômica do governo. A proporção de brasileiros que considera sua gestão ruim ou péssima chegou a 44,6%, indicando uma queda acentuada em relação aos meses anteriores, quando índices mais equilibrados foram observados.

Como a economia influencia a percepção pública sobre Lula?

O cenário econômico é frequentemente apontado como um dos principais motivos para a desaprovação de Lula. A Bloomberg destaca um pessimismo persistente, tanto entre investidores quanto na população geral, em relação à estratégia econômica do governo. Apesar de alguns indicadores econômicos positivos, como o crescimento e a geração de emprego, a comunicação eficaz dessas conquistas se mostra falha.

Quem aprova e quem fesaprova o governo Lula?

Analisando o perfil dos entrevistados, percebe-se diferentes padrões de aprovação de acordo com faixa de renda e gênero. Curiosamente, a aprovação de Lula é mais alta entre aqueles com renda superior a R$ 10 mil, enquanto a desaprovação prevalece nas rendas mais baixas. Mulheres tendem a ser mais favoráveis ao governo, com 54,1% de apoio, em contraste com 58,7% de desaprovação entre os homens.

Quais são as perspectivas para as eleições de 2026?

Apesar da desaprovação crescente, Lula ainda é o candidato mais citado para as próximas eleições presidenciais de 2026. Em simulações de primeiro e segundo turno, o atual presidente se destaca como favorito, mesmo em cenários sem a presença de Jair Bolsonaro, considerado inelegível até o momento. Tarcísio de Freitas e Eduardo Bolsonaro são nomes aclamados pela direita, mas ambos ainda ficam atrás de Lula nas preferências do eleitorado.

O pessimismo econômico pode mudar o cenário político?

Os desafios econômicos enfrentados pelo governo atual têm suscitado dúvidas sobre a capacidade de Lula em melhorar sua popularidade antes das próximas eleições. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu a necessidade urgente de aprimorar a comunicação do governo para mitigar percepções econômicas negativas. A confiança do mercado e o apoio popular dependem, em parte, de uma mensagem clara e convincente por parte do executivo.

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