Avião que causou tragédia em Vinhedo (SP) voava com autorização para não registrar todos os dados em caixa-preta

O avião da Voepass Linhas aéreas que caiu em Vinhedo (SP) na última sexta-feira (09) matando 62 pessoas, tinha autorização para deixar de guardar 8 tipos de informações em sua caixa-preta. A licença foi concedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em 2023, em caráter temporário para o período de 18 meses. A Anac, porém, informou que “os parâmetros isentados não configuram prejuízo às investigações em curso”, enquanto a empresa Voepass afirma que o avião cumpria todos os requisitos exigidos pelas autoridades.

Os dados da caixa-preta já foram extraídos pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). São esses dados que mostram o que aconteceu na aeronave, através do gravador de voz da cabine do avião (Cockpit Voice Recorder) e o gravador de dados de voo (Flight Data Recorder). A expectativa é que um relatório preliminar saia em 30 dias.

Um ex-comissário da empresa aérea criticou a manutenção das aeronaves. Ao ser entrevistado, declarou que a segurança estava em “segundo ou terceiro plano” e que a empresa visava mais o lucro. Ele disse também que uma das aeronaves era apelidada de ‘Maria da Fé’, porque, segundo ele, “não tinha explicação de como o avião daquele estava voando”.

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