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O Ministério da Saúde registrou um caso alarmante de um bebê nascido no Acre com anomalias congênitas associadas à transmissão de febre oropouche. O bebê, que veio a óbito 47 dias após o nascimento, apresentava microcefalia. A pasta está investigando a possibilidade de transmissão vertical da doença, que ocorre quando a mãe passa a infecção para o bebê ainda no útero. A mãe, de 33 anos, apresentou sintomas como febre e erupções cutâneas entre o segundo e terceiro mês de gravidez, e exames pós-parto confirmaram a infecção pela febre oropouche.
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O Ministério da Saúde destacou a necessidade de maior atenção e investigação sobre a transmissão vertical da doença. No último domingo (4), a pasta informou o primeiro óbito fetal pela febre oropouche, ocorrido em uma gestante de 28 anos na 30ª semana de gestação. Em 2024, o Brasil já registrou 7.497 casos da doença em 23 estados, com maior incidência no Amazonas e em Rondônia. Além do caso no Acre, há dois óbitos confirmados na Bahia e um em investigação em Santa Catarina. Esses são os primeiros óbitos registrados pela doença no mundo.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini