![](https://s2-g1.glbimg.com/eaDuDZ8aucD5xMnYPrIixcbMHTc=/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/a/K/mzn6uGTlCqFxUliForeQ/2024-08-09t125349z-611164034-up1ek890ztmvk-rtrmadp-3-olympics-2024-canoesprint.jpg)
Dona Dilma Francisca rezava enquanto o filho competia em Paris nesta sexta-feira (9). Outros membros da família assistiram o baiano ganhar medalha de prata na sala da casa da matriarca, em Ubaitaba. Município de Ubaitaba celebra conquista de medalha de prata para Isaquias
A mãe de Isaquias Queiroz, Dilma Francisca, revelou que não viu o filho ganhar a medalha de prata nas Olimpíadas de Paris nesta sexta-feira (9). Ela contou que fica muito nervosa e não costuma assistir as provas de Isaquias na televisão.
“Eu não consigo ficar olhando para a televisão, vou para o meu quarto conversar com Deus para Deus dar a vitória para ele”, contou.
O baiano competiu a final da C1 1000m e deu um susto nos brasileiros. Ele ficou em quinto lugar na maior parte da prova e subiu para a segunda posição apenas nos últimos metros. Após a finalização da prova, o próprio baiano definiu a performance como uma “baita subida”.
Em Ubaitaba, a família de Isaquias acompanhou a final pela televisão, na casa da de dona Dilma. Outros moradores da cidade viram o conterrâneo conquistar a medalha de prata no ginásio do Centro Educacional Ubaitabense, onde um telão foi instalado.
Na escola, as crianças foram à loucura quando o baiano avançou da quinta para a segunda posição. [Veja o vídeo abaixo]
Crianças em Ubaitaba assistem à prova que garantiu medalha de prata a Isaquias Queiroz
A escola fica em Ubaitaba, município no sul da Bahia que é conhecido como “Cidade das Canoas”. É lá que fica o Centro de Canoagem que formou Isaquias e se tornou um celeiro para canoístas brasileiros.
Centro de canoagem na Bahia protagonista na formação de medalhistas olímpicos foi destruído por tragédias climáticas
Na prova desta sexta-feira, Isaquias deu um baita susto nos brasileiros. Ele ficou em quinto lugar na maior parte da prova e subiu para a segunda posição nos últimos metros. Ao verem o ídolo avançar, ultrapassando os adversários, as crianças de Ubaitaba pularam e gritaram no ginásio da escola.
“Não consegui assistir ainda, mas sei que foi uma baita subida. Meu filho está aqui e quando estava na água, isso estava na minha cabeça: ‘Tenho que sair com medalha'”, disse Isaquias em entrevista após a prova.
Isaquias
Molly Darlington/Reuters
Após garantir a prata nesta sexta-feira, Isaquias se tornou o segundo maior medalhista olímpico brasileiro da história. Com cinco medalhas, ele se igualou aos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael. Eles ficam atrás apenas de Rebeca Andrade, que alcançou o marco de seis medalhas olímpicas.
Com a medalha de prata, que tem um “pedacinho da Torre Eiffel”, o quadro de medalhas do baiano ficou da seguinte forma:
Prata no C1 1000m na Rio 2016
Prata no C2 1000m na Rio 2016
Bronze no C1 200m na Rio 2016
Ouro no C1 1000m em Tóquio 2020
Prata no C1 100m em Paris 2024
Medalha após derrota
Godmann e Isaquias durante semifinal da canoagem C2 500m
Olivier Morin/AFP
A medalha de prata de Paris é a quinta do atleta olímpico e foi conquistada após um dia difícil para o baiano. Na quinta-feira (8), ele e Jacky Godmann participaram da prova em dupla C2 500 metros e ficaram fora do pódio.
O baiano chorou após a disputa e disse que queria ter conquistado uma medalha ao lado do companheiro, que também é baiano. Jacky compete com Isaquias desde as Olimpíadas de Tóquio, em 2021, quando a dupla bateu na trave e ficou em 4º lugar na prova.
Isaquias Queiroz superou perda de rim e Jacky Godmann é de família de canoístas; veja curiosidades sobre os atletas baianos
Com a prova desta sexta, falta apenas mais um dia de competição da canoagem de velocidade em paris. No sábado (10), Valdenice Conceição, tia de Godmann, disputará a final da C1 200m.
Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.
Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia