Diferente de São Paulo, debate na Band entre candidatos de Porto Alegre foi cordial

Ocorreu na noite desta quinta-feira (8) o debate dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre, realizado pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação. Sebastião Melo (MDB), Maria do Rosário (PT), Juliana Brizola (PDT) e Felipe Camozzato (Novo) participaram do confronto de ideias, que foi mediado pelo jornalista Ozíris Marins.

O debate ocorreu em três blocos, com perguntas livres feitas entre os candidatos e outras feitas pelos jornalistas da Band. Apesar de os candidatos terem mantido a cordialidade durante o confronto, foi possível assistir diversos ataques e alfinetadas ao atual prefeito Sebastião Melo, ao governo federal e a gestão do PT em diversas esferas da federação. Isso difere bastante de São Paulo, que foi marcado pela agressividade dos candidatos. E como era de se esperar, temas envolvendo a enchente de Porto Alegre dominou grande parte do debate, mas outros temas como saúde e segurança pública também apareceram.

Juliana Brizola abriu a primeira rodada de perguntas livres, na qual questionou à Maria do Rosário o porquê da demora de repasse dos recursos federais para os empresários atingidos pela enchente no RS. Em seguida, Maria do Rosário usou de sua pergunta à Juliana Brizola para questionar se o atual prefeito e candidato Sebastião Melo “merece mais quatro anos de governo”, uma vez que ele teria prometido diversas melhorias para a cidade e “não cumpriu”. Desta forma, ambas candidatas utilizaram deste momento para não se atacarem e indo contra Melo.

Na segunda rodada de perguntas e respostas, Sebastião Melo perguntou a Felipe Camozzato quais são as propostas para refazer o sistema de proteção contra cheias, uma vez que ele foi construído na década de 1970. Porém, a resposta de Camozzato não satisfez Melo e, assim, o atual prefeito aponta que “começou a metralhadora acusatória e nenhuma proposta”. Em seguida, o candidato do Novo questionou o atual prefeito quais são as medidas para resolver “rapidamente” os problemas das cheias.

No segundo bloco do debate, os candidatos foram questionados por jornalistas da Band.

Sérgio Stock questionou com relação aos problemas de saúde pública na cidade e como a futura gestão pode trabalhar para melhorar, principalmente vendo que a população da Região Metropolitana pode vir pedir atendimento na Capital. Sebastião Melo foi escolhido para responder e Maria do Rosário comentou a resposta. Em seguida, Alexandre Mota questionou Felipe Camozzato com relação às propostas de melhorias na segurança pública, principalmente em pontos turísticos da Capital, como a Orla do Guaíba. Nesta rodada, Sebastião Melo foi o comentarista com relação a resposta. O jornalista Guilherme Macalossi direcionou uma pergunta sobre a economia da cidade para Maria do Rosário e Juliana Brizola foi escolhida para comentar. Em seguida, Bruna Supititz perguntou à Juliana Brizola sobre a área de projetos especiais e Felipe Camozzato comentou.

Em sua segunda pergunta, Sérgio Stock perguntou a Felipe Camozzato com relação à saúde mental da população e Sebastião Melo comentou a resposta. Em seguida, Bruna Supititz questionou Juliana Brizola com relação a coleta seletiva em Porto Alegre e Maria do Rosário foi escolhida para comentar. O jornalista Alexandre Mota dirigiu uma pergunta para Maria do Rosário com relação a atuação da Guarda Municipal na segurança da cidade e Felipe Camozzato foi escolhido para comentar. Por fim, Guilherme Macalossi perguntou para Sebastião Melo a respeito da queda de arrecadação pela Secretaria da Fazenda e Juliana Brizola foi escolhida para comentar a resposta.

No terceiro e último bloco do debate, os candidatos voltaram a se questionar livremente, sendo que houve momentos para réplica e tréplica. Temas como vagas em creche, mobilidade urbana e enchente foram colocados em pauta, sendo que Melo, logo em seu primeiro momento de fala, lamentou que “muitos candidatos usaram da enchente como oportunismo eleitoral”. Maria do Rosário, em dado momento, comentou que Melo tenta jogar toda a responsabilidade da enchente no Governo Lula. No fim, cada candidato teve três minutos para suas considerações finais.

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