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Secretária executiva da diretoria da entidade, Claudia Regina da Rocha Lobo foi vista pela última vez na tarde de terça-feira (6). Veículo foi localizado no bairro Vila Dutra e a perícia foi acionada. Câmera registrou Claudia caminhando na rua em direção ao carro em Bauru
Câmera de segurança/ reprodução
O desaparecimento da secretária executiva da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Bauru (SP) completou uma semana nesta terça-feira (13). Claudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos, foi vista pela última vez saindo da entidade com um envelope na mão.
Imagens de câmeras de segurança da rua onde fica o prédio administrativo da Apae, na Rua Rodrigo Romeiro, registraram o momento em que Claudia caminha até o carro, que está estacionado na rua e pertence à entidade. Desde então, não foi mais vista (veja o vídeo abaixo).
Funcionária da Apae desaparece após sair do local de trabalho em Bauru
Segundo colegas de trabalho, ela disse que ia sair para resolver coisas do trabalho e não levou nem a bolsa, nem o celular, pouco antes das 15h.
O carro foi localizado no dia seguinte, estacionado na quadra cinco da Rua Alameda Três Lagoas na Vila Dutra, em Bauru. No interior do veículo foram encontrados itens relevantes para a investigação, mas que não foram revelados pelos policiais.
Claudia tem 55 anos e desapareceu após sair com o carro da Apae, onde trabalha em Bauru
Facebook/ Reprodução
O veículo ainda foi flagrado por câmeras de segurança, transitando pela avenida Nações Unidas, porém não foi possível identificar o motorista.
Segredo de Justiça
Na sexta-feira (9), o delegado responsável pelo caso, Cledson do Nascimento, pediu sigilo nas investigações.
No despacho encaminhado à Justiça, o delegado justificou que o caso pode envolver um crime, o que por si só justifica maior cuidado e discrição para proteger a investigação, e que a vítima tem uma função importante na sociedade, o que pode aumentar o interesse público e midiático no caso, o que também pode atrapalhar as investigações.
Desaparecimento de funcionária da Apae completa uma semana em Bauru
Por fim, o documento sugere que pode haver mais de uma pessoa envolvida no crime e que o sigilo ajuda a evitar que os suspeitos sejam alertados e, assim, prejudiquem o trabalho policial ou tentem fugir.
Angústia da espera
Em entrevista à TV TEM, a filha de Cláudia, Letícia da Rocha Lobo, contou que entende que as investigações continuam, porém, o segredo de justiça nas investigações deixou a família sem informações.
“A última notícia que a gente teve foi na sexta-feira, quando pediram sigilo nas investigações. E é muito agoniante, por que a gente quer saber alguma coisa. Eu confio que as investigações estão correndo, mas o sentimento que fica é de que nada está acontecendo”, conta Letícia.
Já a irmã de Cláudia, Ellen Lobo, diz que a família passa por momentos de desespero desde que as investigações começaram.
Família divulgou o desaparecimento da moradora de Bauru nas redes sociais
Arquivo pessoal
“Nós acreditávamos na volta dela, mas conforme as horas foram passando e nós tivemos que colocar a foto dela nas redes sociais, foi que eu entendi o que estava acontecendo. E de lá para cá , foi só desespero. Não tem outra palavra”, explica Ellen.
Em nota, a Apae lamentou o desaparecimento de Cláudia, que é funcionária da entidade há duas décadas.
“Todo o corpo diretivo tem se empenhado em prestar o máximo auxílio necessário às Autoridades competentes, que seguem empenhadas nas buscas por sua localização”, diz o texto.
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