Ativista pela liberdade de expressão é libertado na Venezuela

Carlos Correa, diretor da ONG que promove a liberdade de expressão Espacio Público, foi libertado na manhã desta quinta-feira (16) após passar nove dias detido sem explicação oficial.

“Nas primeiras horas deste 16 de janeiro, nosso diretor Carlos Correa foi libertado da prisão”, escreveu o Espacio Público no X.

“Agradecemos a todas as pessoas, organizações, governos e grupos que se uniram à voz por sua libertação. Continuamos o trabalho para a defesa da dignidade humana”.

Correa fez parte de uma série de prisões que ocorreram em 7 de janeiro, três dias antes da posse do presidente Nicolás Maduro para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), em meio a denúncias de fraude pela oposição.

Líderes políticos, como o ex-candidato presidencial Enrique Márquez, também acabaram na prisão.

A esposa de Correa, Mabel Calderín, disse na quarta-feira que conseguiu se encontrar com o promotor que cuidou do caso e explicou a ele que ele foi levado perante um tribunal com jurisdição sobre terrorismo em 9 de janeiro.

Ele não teve acesso ao seu advogado particular, mas a um defensor público. Ele também não recebeu detalhes das acusações contra ele ou seu local de detenção, desconhecido durante todo esse tempo.

Correa é professor universitário e autoridade em liberdade de expressão e imprensa na Venezuela. Sua organização contabilizou mais de 400 jornais, estações de rádio e televisão fechados em mais de duas décadas de governos chavistas.

A Venezuela está classificada em 156º lugar entre 180 países no índice de liberdade de imprensa de Repórteres Sem Fronteiras, acima apenas da Nicarágua (163) e de Cuba (168) na América Latina.

Correa “foi detido por nove dias, mas nunca deveria ter sido porque é um ativista e um homem íntegro”, escreveu o sindicato da imprensa (SNTP).

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