Mato Grosso registra avanço industrial em novembro de 2024

Indústria de Mato Grosso continua sendo um "furacão" na geração de empregos

Na transição de outubro para novembro, a produção industrial brasileira apresentou retração de 0,6%, com queda em nove dos 15 estados analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, do IBGE. Os dados dos desempenhos dos Estados foram divulgados nesta terça-feira (14). Apesar do cenário negativo, Mato Grosso se destacou no comparativo anual, registrando um crescimento expressivo de 15,2% em relação a novembro de 2023, consolidando-se como um dos líderes no avanço industrial.

As maiores reduções mensais foram registradas no Espírito Santo (-7,2%) e em São Paulo (-4,7%). Esse foi o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando uma perda de 0,8% no período. O desempenho da indústria nacional tem sido impactado por fatores macroeconômicos, como a aceleração da inflação e o aumento das taxas de juros, que prejudicam tanto a oferta quanto a demanda.

Destaques positivos no acumulado do ano, além de Mato Grosso

Apesar do recuo mensal, a indústria nacional está 1,8% acima do patamar pré-pandemia e registrou avanços em outras bases de comparação. Na análise acumulada de 12 meses, houve crescimento de 3,0%, com resultados positivos em 17 dos 18 estados avaliados. No acumulado do ano, o avanço foi de 3,2%, também com 17 estados mostrando expansão.

Em relação a novembro de 2023, a produção industrial cresceu 1,7% no Brasil, com alta em dez dos 18 locais pesquisados. Mato Grosso foi um dos principais destaques, com um crescimento de 15,2%, ficando atrás apenas do Pará (17,7%). Pernambuco (15,1%), Amazonas (13,5%) e Rio Grande do Norte (10,3%) também apresentaram taxas superiores à média nacional. Santa Catarina (7,1%), Ceará (5,2%), Paraná (4,9%) e a Região Nordeste (4,7%) registraram resultados expressivos.

O desempenho mato-grossense é atribuído principalmente à performance do setor agroindustrial e de transformação. A expansão reflete tanto o aumento da produtividade quanto a capacidade do estado de diversificar sua base industrial.

Quedas mais expressivas

No lado negativo, Espírito Santo (-11,7%) e Rio de Janeiro (-8,3%) registraram os piores desempenhos em novembro de 2024. A indústria capixaba foi prejudicada pela retração nas atividades de indústrias extrativas e de metalurgia. No Rio de Janeiro, o recuo foi influenciado pelos setores de indústrias extrativas e derivados de petróleo. Outros estados que apresentaram quedas incluem Maranhão (-4,8%), Mato Grosso do Sul (-3,2%) e Goiás (-2,5%).

Desempenho nacional e previsões

Os dados da PIM Regional reforçam a heterogeneidade do setor industrial brasileiro, com alguns estados mostrando forte recuperação enquanto outros enfrentam desafios significativos. A próxima divulgação da pesquisa, referente a dezembro de 2024, está prevista para 11 de fevereiro. Esses resultados serão fundamentais para consolidar a tendência da indústria nacional e suas regiões no fechamento do ano.

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